Violação dos direitos humanos no Ocidente, da ilusão à realidade (5-2018)
Pars Today - Este programa aborda os esforços anti-humanos dos Estados Unidos na promoção do uso de armas biológicas.
Guerra biológica significa o uso de agentes biológicos, incluindo bactérias, vírus, fungos e outros produtos relacionados, para fins hostis que matam ou incapacitam pessoas e animais ou destroem plantas. As armas biológicas, como as armas químicas, são consideradas armas de destruição em massa. Ambos são semelhantes em muitos aspectos, por exemplo, ambos são armas não-nucleares que são usadas para matar grandes grupos de pessoas.
No que diz respeito ao uso de armas biológicas no domínio do direito humanitário, deve reconhecer-se que a proibição do uso desta arma remonta ao Protocolo de Genebra de 1925. Além da proibição de qualquer arma química, este documento estipula a arma microbiana como uma modelo de arma biológica e, portanto, também proibiu o seu uso. No entanto, devido à generalidade desses regulamentos, bem como à falta de conformidade com os avanços científicos e médicos e até mesmo a ignorância de uma grande parte das armas biológicas, como os vírus, este protocolo não pode desempenhar um papel significativo em impedir o uso desses artefatos.
De acordo com o artigo 23 da IV Convenção de Haia de 1907, é proibido o uso de armas e lançadores ou materiais especialmente concebidos para desastres e tribulações supérfluas. Esta frase é repetida com maior precisão no parágrafo segundo do artigo 35 do Protocolo de 1977: "É proibida a utilizar armas, projéteis, materiais, assim como métodos de guerra da natureza a causar danos supérfluos”.
A origem de muitas doenças, como a AIDS, a doença do legionário, a hepatite C, a doença das vacas loucas, os vírus hemorrágicos, a febre Lasa, a síndrome da fadiga crônica e outras dezenas de doenças nunca foram identificadas, mas a raiz dessas doenças pode ser encontrada em laboratórios secretos dos EUA. O uso de armas biológicas tem sido o método pelo qual Washington travou suas guerras nas últimas sete décadas e o pico deste uso ocorreu durante a guerra dos EUA no Vietnã. As armas biológicas são consideradas armas de destruição em massa por causa de seus efeitos destrutivos e mortais. A importância estratégica das armas biológicas para os Estados Unidos continua sendo o seu impacto devastador sobre as vítimas, inclusive nas próximas gerações.
Em junho de 1925, a maioria dos governos da época assinou um protocolo em Genebra que proíbe o uso de gases tóxicos e similares, bem como o uso de equipamentos bacteriológicos na guerra. Vinte e nove países assinaram este documento, mas os Estados Unidos se recusaram a fazê-lo. Isso demonstra o desejo dos Estados Unidos de implantar e usar armas bacteriológicas.
O jornal búlgaro Deliana Petrova, baseado em fontes do Departamento de Defesa dos Estados Unidos (o Pentágono), realizou um estudo na qual afirma que o exército dos EUA estão desenvolvendo vírus, bactérias e toxinas mortais que violam "a Convenção sobre a Proibição de Armas Biológica”. Além disso, calcula que centenas de pessoas, inconscientemente, correm o risco de desenvolver doenças perigosas e intratáveis.
A rede de notícias libanesa Al Mayadeen, em um relatório recente, referindo-se a um documento importante sobre laboratórios secretos dos EUA em diferentes partes da Ásia, revelou que as atividades desses laboratórios se concentram na propagação de vírus mortais e na manipulação genética de moscas e mosquitos para o surto de doenças. Al Mayadeen é o primeiro meio árabe a publicar este relatório, segundo o qual cientistas da guerra biológica usam cobertura diplomática para testar vírus artificiais em laboratórios biológicos do Pentágono em 25 países ao redor do mundo. Estes laboratórios biológicos dos EUA são financiados pela Agência de Redução de Ameaças de Defesa (DTRA) sob um programa militar de 2,1 bilhões de dólares –Programa de Compromisso Biológico Cooperativo (CBEP por sigla em Inglês)- e estão ficando em países de a antiga União Soviética, como a Geórgia e Ucrânia. Segundo o documento que Al Mayadeen teve acesso, os Estados Unidos roubaram as bactérias da fábrica de armas biológicas de Saddam Hussein. Um comitê especial dependente das Nações Unidas, liderado pelos Estados Unidos, coletou em 2003 a bactéria "turingisensis", comumente usada como um pesticida biológico. Esta bactéria foi coletada da fábrica de armas biológicas iraquianas Al-Hakam e tem sido usada em experiências de campo do Pentágono, bem como em laboratórios dos EUA para produzir milho geneticamente modificado resistente a pragas.
De acordo com as imagens publicadas pela Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA), Washington obteve essas bactérias do Iraque. As garrafas contendo a bactéria "turingisensis" foram obtidas na casa de um dos cientistas de Saddam em Al Hakam. Segundo a CIA, o número de garrafas que foram coletadas da casa do cientista em 2003 foi de 97, alguns dos quais foram rotulados com dados falsos apontando para a produção de pesticidas biológicos e proteínas individuais, enquanto essas bactérias e outros materiais foram utilizados para produzir armas de guerra biológica. Alguns relatórios dos Estados Unidos mostram que o Pentágono está realizando experimentos com bactérias roubadas da fabricas de produção de armas biológicas de Saddam Hussein no Iraque.
A guerra entomológica é um tipo de guerra biológica que usa insetos para transmitir doenças. O Pentágono alegadamente conduziu tais testes com insetos na Geórgia e na Rússia. Em 2014, o Centro “Luger” foi equipado com uma instalação para insetos e lançou três projetos, um dos quais foi chamado de "Sensibilização na codificação de mosquitos de areia na Geórgia e no Cáucaso". O projeto cobria uma área entre a geográfica e o Caucásio. Como resultado, desde então estes mosquitos estão espalhados em qualquer parte da cidade Tiflis, nas moradias e mesmo em banheiros. Esses insetos picantes vivem em ambientes fechados, em banhos, ao longo do ano, o que não era o comportamento típico dessas espécies na Geórgia anteriormente (geralmente a temporada de mosquitos Phlebotomines em Geórgia é excepcionalmente curta, de junho a setembro). A população local se queixa de ser picada por esses mosquitos recém-aparecidos, enquanto tomava banho. Esses insetos também têm uma forte resistência ao frio e podem sobreviver mesmo em temperaturas inferiores à zero nas montanhas.
Os testes relacionados a armas e agentes biológicos nos Estados Unidos não são novos e remonta a pelo menos a década trinta. Durante a Guerra Fria, milhares de cidadãos americanos foram vítimas de testes de radiação no Centro de Energia Atômica e outras instalações similares. Esses testes continuaram mesmo após o Tratado Internacional sobre a Proibição do Teste e Produção de Armas e Agentes Biológicos, em 1972, e depois de onze de setembro de 2001, lançaram um grande salto questionável. Em 2001, um documento desclassificado do Departamento de Defesa dos Estados Unidos revelou que milhares de soldados deste país foram deliberadamente expostos a testes de agentes químicos e biológicos entre 1962 e 1973. Fatores como gás nervoso, o gás Sarin, bactéria Bacillus globigii, antraz e a praga foram inoculadas a pessoas indefesas sem que as conhecessem. Curiosamente, o relatório foi divulgado dois dias após os ataques de 11 de setembro e, por essa razão, não atraiu a atenção de ninguém. O relatório mostra que as autoridades dos EUA não tiveram piedade não só com pessoas de outros países, como também com os seus cidadãos civis e militares, aqueles que se tornaram vítimas de seus experimentos desumanos.
Um dos casos mais óbvios de abusos dos direitos humanos pelo governo dos Estados Unidos que se autoproclama um defensor desses direitos foi à produção de armas mortíferas. Washington é pioneiro na fabricação, produção, armazenamento e uso de armas letais no mundo, especialmente armas de destruição em massa. Os Estados Unidos são o único país que usou a arma nuclear no mundo quando deixou cair bombas atômicas nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki em 1945. Na década 60, os Estados Unidos usaram armas químicas e armas microbianas contra a população do Vietnã do Norte. Em 1999, os Estados Unidos usaram armas que contêm urânio enfraquecido na guerra do Kosovo. Além disso, milhares iraquianos foram assassinados com variedade de armas desconhecidas que os EUA não haviam utilizado em nenhuma guerra.
Ao longo do tempo e desde o início, o homem criou armas para caça e a sua proteção. Com o crescimento da civilização humana, as armas também se tornaram mais avançadas. Mas, o desenvolvimento das armas no século 20 chegou ao ponto de ameaçar as espécies humanas e o planeta. Armas de destruição em massa incluem armas biológicas, químicas, nucleares, de hidrogênio e de neutrões. Todas essas armas devem ser testadas em larga escala para chegar ao estágio de produção, armazenamento e uso. A maioria dessas experiências é realizada em pessoas de países dominados, colonizados e influenciados, como África, Ásia, Pacífico e América Latina. Porém, Todos esses países estão comprometidos com o fim das armas de destruição em massa, de acordo com as convenções internacionais. Curiosamente, os governos que hoje são líderes na lista de produtores, armazenadores e usuários de armas latais, são os mesmos que exigem paz, estabilidade e segurança no mundo. Hoje, os iemenitas são mortos por disparos de armas americanas e europeias. Enquanto isso, o embaixador dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Nicky Hilley, de vez enquanto, busca o Conselho de Segurança das Nações Unidas para provar que o Irã vende armas aos revolucionários iemenitas.
Na verdade, o Iêmen, o Afeganistão, o Iraque ocuparam o lugar do Vietnã e da Coréia nos anos 50 e 60 para testar as armas norte-americanas. Os EUA, com o apoio de seus aliados, criam crises e guerras para testar e vender suas armas e, ao mesmo tempo exigindo paz, estabilidade e segurança para essas regiões críticas.