Mar. 04, 2018 16:41 UTC
  • Os pontos de vista do líder do Irã em uma reunião com as pessoas da província de Azerbaijão oriental

Aristocracia e o desrespeito pelos oprimidos é um movimento reacionário e contra-revolucionário.

Pars Today- Em um fervoroso encontro com milhares de pessoas religiosas e revolucionárias de Tabriz, que teve lugar em Teerã no dia 18 de fevereiro, o Líder da Revolução Islâmica, o aiatolá Seyed Ali Khamenei descreveu a compreensão profunda e revolucionária da nação ao estabelecer uma distinção entre "Revolução e Estabelecimento" e "o desempenho de várias instituições e organizações como uma das principais razões para a presença diferente e admirável do povo nos comícios nacionais em 11 de fevereiro deste ano e fez importantes observações sobre os desenvolvimentos de quatro décadas que passaram de "Revolução e sua principal função, a patologia da Revolução, as prioridades da era atual e o futuro da Revolução".   

No início deste encontro, o aiatolá Khamenei apontou a coincidência desses dias com o aniversário do martírio de Fatemeh Azzahra (AS), a amada filha do Profeta Muhammad, dizendo que todos os muçulmanos (xiitas e sunitas) reverenciam o elevado status da grande dama como a mulher celestial mais destacada. Ele acrescentou: "A lição da senhora dos dois mundos para todos os muçulmanos é a bravura, o sacrifício e a epistemologia".  

Continuando, o Líder da Revolução Islâmica descreveu o levante popular em 18 de fevereiro de 1978 como fatídico e histórico e reiterou: "Se não tivesse sido por esse relevante levantamento, o incidente de 22 de dezembro de 1978 (o mortal protestos contra o regime monárquico na cidade de Qom) teria sido ficado em esquecimento e o curso histórico do país teria tido mudado; portanto, com a suposição e a compreensão corretas e a ação oportuna, o povo de Tabriz conseguiu um grande movimento e esse movimento culminou em 11 de fevereiro de 1979 à vitória da Revolução Islâmica".  

Ele apontou ainda aos diferentes e fervorosos comícios do povo em 11 de fevereiro deste ano e disse: "Essa presença popular em defesa da Revolução na véspera do 40º aniversário da Revolução é milagrosa e sem precedente em qualquer das revoluções do mundo”.

Líder da Revolução Islâmica disse que o motivo da participação motivada das pessoas nos comícios deste ano foi o surgimento de várias hostilidades em casa e no exterior, inclusive pelos EUA e alguns dos vizinhos degenerados e desleais e acrescentou: "De fato, o povo critica de algumas das questões atuais do país e está plenamente consciente de suas críticas, queixas e reivindicação e, porem quando se fala da Revolução e o governo, o povo entra à cena, com toda a força e rigor, na defesa da sua Revolução".  

Ele afirmou que a sábia presença do povo se deve à "consciência revolucionária" e à "maturidade política" entre a nação e sua capacidade de distinguir entre "o sistema revolucionário da Ummah (a comunidade) e Imamato (a liderança)" e "a burocracia" (a organizações do país) e disse: "Um indivíduo pode ser crítico não só da administração e do poder judicial e bem como do governo e legislativo, mas esta crítica não significa a rejeição do Estado islâmico e revolucionário que emana da perseverança da nação e do sacrifício de centenas de milhares de mártires e, portanto, o povo defenderá esta Revolução com todas as suas forças". 

Continuando, o aiatolá Khamenei apontou as características extraordinárias e revolucionárias do povo de Tabriz e descreveu a reunião como a melhor oportunidade para apresentar algumas questões básicas sobre as "funções da Revolução", "a patologia da Revolução", "prioridades" e, finalmente, "o futuro da Revolução Islâmica".

Ressaltando a grandeza e as dimensões insondáveis ​​da Revolução Islâmica e os esforços abundantes dos inimigos para descartar seus serviços e aplicações, ele descreveu a missão mais importante da Revolução Islâmica como "transformar um sistema tirânico em um estabelecimento democrático" e acrescentou: "A democracia significa "o povo" ele é o princípio e núcleo em tudo”.

O Líder da Revolução Islâmica disse que as eleições e o voto popular, direta ou indiretamente, que determinam o Líder, o presidente e outros funcionários, são apenas como uma parte da democracia e sublinhou: "Democracia significa" conceder às pessoas [o direito] de expressar opinião, ter iniciativas e tomar decisões em todos os assuntos da vida, e isso, de fato era profundamente diferente e precisamente oposto a pratica brutal e absoluto do regime monárquico e tiranos em anos sucessivos antes da ocorrência da Revolução".   

Ele ao sublinhar o vinculo do domínio e a influência estrangeira à tirania interna (os regimes anteriores) na segunda metade da era de Qajaritas e logo depois a plena dominação e controle dos americanos na época do regime Pahlavi, acrescentou: "A democracia não permite o absolutismo e a dominação estrangeira, e além de mudanças fundamentais em a gestão política do país, o seu efeito é manifestado nos serviços urbanos e rurais e a restauração do espírito para realizar grandes atos, como a formação do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica e a criação de forças Basijis [forças voluntárias]".  

Aiatolá Khamenei apontou os profundos efeitos da democracia no desenvolvimento de talentos populares e citou um exemplo no setor da saúde, dizendo: "Na era tirânica (antes da Revolução de 1979), o país era tão inepto em termos de recursos humanos que os médicos indianos e filipenses estavam no país para providenciar tratamento médico; no entanto, hoje, o Irã é o polo atraente de saúde na região e está entre os melhores países em algumas áreas da ciência e isso é o resultado da democracia e da confiança no povo e do ressurgimento do sentido nacional da autoconfiança.”.   

Ele citou a grandeza, honra e dignidade da nação iraniana como outra função da Revolução Islâmica, dizendo: "Hoje, um dos países da região (sem mencionar o nome), apesar de vender 10 milhões de barris de petróleo por dia e ter uma enorme fortuna à sua disposição, é um país subdesenvolvido e não permite a expressão da sua nação no mundo; No entanto, por causa da democracia religiosa, na visão geral do país, o povo iraniano é excelente e propulsores da Revolução".

O Líder da Revolução Islâmica acrescentou: "Devido à existência de tal realidade, a animosidade dos inimigos para com a nação iraniana e a inimizade dos americanos não é apenas com alguns dirigentes ou autoridades administrativas, mas o despertar da nação iraniana e as suas ações provocaram a sua raiva e impaciência".

Ele descreveu o progresso do país como resultado da democracia religiosa e apontou para a designação da terceira década da Revolução como "a década do progresso e da justiça", reiterando: "Progresso foi feito em diversos setores no sentido real da palavra, mas devemos admitir que no âmbito da "justiça" estamos atrasados​​ e faltam muitos trabalhos". 

Aiatolá Khamenei apontou a necessidade de pedir desculpas a Deus e às pessoas por atraso na área da justiça, acrescentando: "Se Deus quiser, com os esforços das autoridades e homens e mulheres eficientes e fiéis, avançaremos também nesse setor”. 

O Líder da Revolução Islâmica acrescentou: "O progresso significa que uma nação avança nas fileiras da frente através da sua decisão soberana e capacidade e essa realidade é palpável no Irã".

Aiatolá Khamenei disse que a República Islâmica tem influência em questões da região e recordou os avanços do Irã nos campos da medicina, nuclear, nanotecnologia, biotecnologia, defesa e transporte, reiterando: "Se atribuirmos maior importância à nossa juventude, eles estão prontos para decolar e ascender devido à intensidade de seus talentos e iniciativas; no entanto, nós, como autoridades, temos negligenciado nessas áreas e é necessário mais esforço e perseverança".  

O Líder da Revolução Islâmica agregou: "Os inimigos do Irã são conscientes dos avanços das últimas quatro décadas, mas o nosso povo não está bem informado sobre esses avanços, porque negligenciamos a divulga-los, temos que compensar esta falha". 

Neste mesmo aspecto, ele exortou as autoridades que relatem os avanços do país de forma prática e hábil e não exagerada e não apenas através de relato verbal, mas divulgar o progresso dos pais para que alguns dos inconscientes que involuntariamente questionam o desenvolvimento do país compreendam as realidades e os avanços".  

Ele continuou: "A Revolução libertou o país e a nação da miséria e de um estado de abjeção e servidão para uma fase e posição que hoje tem ocupado o nosso povo, orgulhosa e honrosamente, influenciando todos os assuntos e essa é a maior conquista da Revolução.”. 

A segunda parte das importantes observações de aiatolá Khamenei se dedicou à "Patologia da Revolução".

Ele disse que a maior epidemia e praga de todas as revoluções são a "resiliência", ou seja, um movimento reacionário, desacelerando, parando e voltando a um estado anterior, e ressaltou: "Quase todas as revoluções conhecidas do mundo sofreram com essa situação em seus primeiros anos".  

O Líder da Revolução Islâmica descreveu como única a persistência e resistência dos principais slogans da Revolução nas últimas quatro décadas e na atualidade, mas advertiu: "Alguns perigos expõem a Revolução para prejudica-la". 

Ele descreveu "avançar a direção a Aristocracia e um vida luxuosa", "contar com as classes altas em vez de atender às camadas desfavorecidas e frágeis" e "confiar em estrangeiros em vez de o povo" como exemplos de movimento reacionário e sublinhou: "A elite de a sociedade deve prestar atenção, os dirigentes do país devem ter muito cuidado e o povo deve monitorar sensivelmente a nossa conduta sendo autoridades e dirigentes, para que não aconteçam tais movimentos reacionários no país”.  

O aiatolá Khamenei disse que mesmo estando no poder “pessoas revolucionárias", mas tendo uma mudança no curso e na rota da Revolução, equivaleria também ao movimento reacionário e reiterou: "A Revolução não ocorreu para que alguns saíssem e entrassem outros grupos; mas a revolução significa transformação, mudança de curso e movimento em direção a objetivos elevados, ignorando esses objetivos, a revolução perderia o seu sentido".   

Ele descreveu a Revolução Islâmica em 1979 como uma mudança estrutural e um movimento reformista na sociedade e acrescentou: "A Revolução não concluiu em 1979, mas começou em 1979 e esse movimento deve continuar com mais profundidade, amplitude e sabedoria".

Aiatolá Khameni criticou aqueles que têm uma percepção negativa do termo "revolucionário", acrescentando: "O sistema da gestão do país e os princípios da Constituição devem ser respeitados e ninguém deve imaginar que as revoluções são possíveis sem um estabelecimento".

Ele ressaltou: "É errado que alguns imaginem que, em nome da Revolução, deve haver uma retórica crítica e contra tudo e protestar contra o sistema islâmico; a Revolução significa que o sistema islâmico, a democracia religiosa e a nação e a sua liderança deve ter metas e alinhamentos revolucionários". 

Aiatolá Khamenei concluiu esta parte do seu discurso com essas importantes e decisivas observações: "A aristocracia e nepotismo e jogo de influencia e a busca de privilégios das autoridades", o "descuido em relação aos recursos públicos" e a "desatenção pela classe oprimida e vulnerável” são movimentos contra a Revolução e é a obrigação de todas as organizações do Estabelecimento a avançar com a perspectiva revolucionaria e em direção aos objetivos da Revolução. 

Na terceira parte de seu discurso ao delinear "as prioridades atuais do país", o aiatolá Khamenei descreveu a questão da "economia" como muito importante. 

Ele sublinhou que é fundamental se basear às capacidades internas e ao apoio do povo, para superar problemas econômicos e acrescentou: "Como dissemos repetidamente e as autoridades também aprovaram as suas políticas, a Economia da Resistência não significa confinamento dentro do país, mas é um processo endógeno e extrovertido; portanto, não devem dizer que não queremos ter laços com o mundo, porque na Economia da Resistência está prevista o vinculo com o mundo, mas se deve confiar no povo e não em estrangeiros".

Ele disse que o emprego de talentos, capacidades e recursos domésticos exige prudência e acrescentou: "A prosperidade da economia doméstica exige boas exportações, importações dentro das necessidades e não exageradas, atração de investimento estrangeiro, controlado por dirigentes nacionais e não entregar a mão dos estrangeiros”.

Ele descreveu o terremoto econômico e o golpe extremo na última década em alguns países avançados do Leste Asiático como uma ótima lição e acrescentou: "Este golpe que mergulhou esses países na pobreza e na miséria de noite para dia, foi resultado da dependência ao investimento estrangeiro". 

O Líder da Revolução Islâmica se referiu a negociação sobre o acordo nuclear como uma forma de confiar em países estrangeiros, acrescentando: "Nós vimos o resultado de confiar em estrangeiros sobre a questão da JCPOA e, no caso de negociações nucleares, confiamos neles, mas não obtivemos benefícios; De fato, as autoridades se encararam muito bem com esta questão e o ministro das Relações Exteriores [Mohammad Javad Zarif], que deve ser elogiado, teve uma abordagem muito boa e forte em relação à malignidade dos americanos e aos europeus que fizeram um jogo de dois pesos e duas medidas".      

O Líder da Revolução Islâmica disse: "Devemos fazer relação com exterior, mas não devem ser confiados e confiáveis, porque assumirão o controle do destino do país através de vários meios e todos os funcionários devem ter esse importante problema no centro de sua atenção". 

Ele disse: "No entanto, progredimos e essa realidade mostra a capacidade da nação e do país". 

Descrevendo outras prioridades da era atual, o Líder da Revolução ressaltou "a preferência da administração jihadista (diligente e prudente) sobre a burocracia" e acrescentou: "Os poderes executivo e judiciário e todos os setores devem seguir a sua missão com uma noção jihadista na sua administração, o que significa trabalho árduo com prudência, ou seja, ironicamente trabalhar noite e dia para avançar os assuntos".  

 Em questões defensivas, o aiatolá Khamenei disse que a continuação do desenvolvimento e renovação de todas as abordagens, meios e equipamentos que o país precisa hoje e no futuro, têm toda a prioridade e acrescentou: "Sem dúvida, o país deve avançar em direção a aprimorar a questão defensiva, mesmo que o mundo inteiro esteja contra". 

O Líder da Revolução Islâmica criticou veementemente os inimigos que estão ameaçando a humanidade com seu armamento, mas se opõem ao míssil do Irã, dizendo: "Qual é o vosso motivo neste caso? Você quer que a nação iraniana não tenha mísseis e outras instalações de autodefesa para poder intimida-la”. 

Ele acrescentou: "É claro que consideramos questões como as armas nucleares e as armas de destruição em massa como proibida na nossa doutrina islâmica, mas buscaremos poderosa e precisamente qualquer outra meio para o nosso fortalecimento defensivo". 

Líder da Revolução Islâmica apontou a preferência pela cooperação com vizinhos, países do leste e aqueles que têm interesses comuns com o Irã e ressaltou a "criação e produção de empregos", em particular ao delinear as prioridades econômicas. Ele apontou para ter chamado este ano como "Economia da Resistência"; Produção e criação de emprego”, dizendo:" Algumas coisas foram feitas nesta área e algumas estatísticas foram lançadas, mas para a realização do que está em mente é necessário mais esforço”.  

Aiatolá Khamenei dirigiu aos jovens do país e acrescentou: "Os jovens são os motores do progresso do presente e do futuro do país e da atual geração juvenil, que tem maior determinação, diligência e percepção do que a primeira geração da Revolução, deve se preparar para acelerar o progresso do país".  

No último segmento de suas observações, o Líder da Revolução disse que a resistência e a robustez da Revolução Islâmica apesar de 40 anos de conspirações e medidas punitivas por governos tirânicos e malévolos, é a melhor razão demonstrativa para o poder da República Islâmica, enfatizando: "Nós conhecemos as ameaças abertas e encobertas, observações e estratagemas dos inimigos, mas enfatizamos, sem hesitação, que o estabelecimento islâmico que confia no povo se tornará mais forte dia por dia e como [o fundador da República Islâmica] Imam Khomeini disse: "Os EUA não podem fazer nada contra nos”.  

Tags