Abr. 01, 2018 21:48 UTC
  • Violação dos direitos humanos no Ocidente, da ilusão à realidade (9-2018)

Pars Today - Neste programa, abordamos as violações dos direitos das mulheres e da discriminação de gênero no Reino Unido. Obrigado por se juntar a nós.

As mulheres, como metade dos membros da comunidade, desfrutam dos direitos humanos e devem receber apoio da família, da comunidade e do governo. Este grupo influente é um elemento ativo devido ao seu papel crítico na formação e sobrevivência da família, fator efetivo na gestão comunitária e na criação de um modelo saudável de socialização e construção nacional.

A discriminação de gênero se refere a uma situação em que uma pessoa ou grupo está sujeito a abuso por causa de sua condição sexual. A discriminação de gênero se manifesta comumente na forma de assédio sexual, discriminação no emprego ou discriminação devido à gravidez. Este tipo de discriminação, em particular, em questões como o pagamento de salários e a divisão do trabalho entre mulheres e homens, leva à desigualdade e cria um racismo baseado no gênero no local de trabalho. Segundo as estatísticas internacionais, o número de casos de discriminação de gênero entre os vários tipos de discriminação nas sociedades ocupa o segundo lugar e é um indicador claro de violência física e não física contra as mulheres.

A discriminação no trabalho é outra forma de discriminação baseada no gênero em que uma pessoa sofre discriminação por razão do sexo em busca de várias ocupações ou facilidades de emprego. Em outras palavras, as mulheres que sofrem discriminação de gênero nos centros de trabalho e emprego não conseguem encontrar um emprego, apesar de terem conhecimento e experiência suficientes. Um relatório recente publicado no Reino Unido demonstra a discriminação baseada no gênero relacionado ao trabalho contra as mulheres. No relatório, o British Times revela que os deputados (masculinos), sejam membros do governo ou partidos, recebem uma média de 10,4 por cento mais de salário do que suas contrapartes do sexo feminino.

A análise do jornal mostra que no coração do governo britânico se observa discriminação de gênero entre mulheres e homens, e existe uma lacuna entre a renda de ambos no parlamento.  

Em 2017, foram publicados relatórios sobre as fissuras entre os rendimentos dos chefes masculinos e femininos, o que levou a renuncia de um dos editores meios de comunicação, uma discriminação ainda mais profunda do que já se foi relatado sobre a cadeia de BBC. 

Além disso, vários estudos sobre salários a nível gerencial no Reino Unido mostram que a diferença de renda entre homens e mulheres é superior a 26%.

O Daily Mail também informou recentemente que as mulheres chefes no Reino Unido recebem quase metade do salário de gerentes do sexo masculino. Em 100 grandes empresas britânicas, os homens ganharam à média 5,2 milhões de libras em 2017, enquanto executivas do sexo feminino nas mesmas empresas tinham ganhado 2,6 milhões de libras por media. Este tipo de discriminação contra as mulheres britânicas também se exerce sobre a primeira-ministra e a líder do partido no poder, 208 mulheres de os 650 assentos no Parlamento do Reino Unido, incluindo Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.

De acordo com a Lei britânica de Igualdade de 2010, discriminação contra qualquer pessoa é proibida e ilegal por razão do estado civil, gravidez, infância, deficiência, etnia, nacionalidade, religião e gênero; e deve se abordar seriamente qualquer situação de discriminação em contextos profissionais, educacionais e familiares. Apesar destas regras, na prática, as mulheres britânicas enfrentam múltipla discriminação no domínio do emprego e salário. No ano passado, se publicaram reportagens e noticias sobre a discriminação laboral no Banco da Inglaterra e se revelou que esta entidade, registrou uma diferença salarial entre homens e mulheres de 24 por cento.

De acordo com o jornal Sky News, os salários médios das mulheres no Banco da Inglaterra são 24% menores do que os dos homens. Há algum tempo, as estatísticas mostravam que as desigualdades salariais entre todas as funcionárias do Reino Unido eram 9,1% menores que os homens.

O presidente do Banco da Inglaterra, Marc Carney, em uma explicação a tal lacuna, disse: "No Banco da Inglaterra, homens e mulheres obtêm o mesmo pelos mesmos empregos, mas a diferença de salários é devido à inadequação de divisão de posições importantes no banco, com uma proporção de homens significativamente maior que as mulheres. Fazer ajustes na divisão de cargos de alto nível no Banco da Inglaterra e eliminar as desigualdades de gênero nos empregos requer um lapso de tempo. Como resultado, a diferença de pagamentos para mulheres no Banco da Inglaterra no ano passado foi de 26,4%.  Por enquanto, apenas 30% dos cargos importantes neste Banco são ocupados por mulheres, e esse número aumentará em 35% até 2020”.

O governo britânico afirma que aborda os problemas das mulheres e, portanto, aderiu à Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres de 1992. No entanto, neste país europeu, as mulheres continuam a sofrer lesões sociais, como violência, tráfico de mulheres e meninas, dependência de drogas, discriminação de gênero e muitos outros problemas sociais.

Um olhar discriminatório para uma mulher na família e na sociedade no Reino Unido ocorre primeiro no ambiente familiar e depois na comunidade. Apesar dos slogans que apoiam as mulheres neste país, devido à falta de atenção às necessidades reais, existe um grande estresse psicológico entre as mulheres britânicas. Neste país europeu, depressão, doença mental e suicídio entre mulheres imigrantes e minorias étnicas estão aumentando devido à discriminação de gênero. Segundo as estatísticas das Nações Unidas, as mulheres imigrantes no Reino Unido sofrem múltiplas discriminações no acesso à educação, emprego e cuidados de saúde. As maiores taxas de mortalidade entre as mães, neste país, são agora vistas em mulheres imigrantes. 

O uso de drogas é uma das lesões graves que afeta mulheres no Reino Unido. As estatísticas destacam o alto consumo de cocaína entre estes grupos sociais. Psicólogos britânicos acreditam que altos níveis de uso de drogas aumentavam a incidência de depressão e doenças mentais entre as mulheres.

 Outra forma de discriminação e busca instrumental por mulheres no Reino Unido é o tráfico de mulheres e meninas como o terceiro maior negócio. O destino das mulheres traficadas ao Reino Unido e outros países desenvolvidos e industrializados é em boates e centro de prostituição para exploração sexual. Segundo as estatísticas das Nações Unidas, um milhão de mulheres e meninas são traficadas anualmente em países desenvolvidos e sexualmente assediadas. Apesar da abolição da escravatura no Reino Unido, a nova escravidão no país está crescendo sob o nome de negócios de mulheres.

A discriminação em todas as suas formas é ilegal e se enfatiza em documentos internacionais e nacionais. No nível internacional, o espírito e a natureza de todos os princípios e padrões de direitos humanos se combinam com o princípio de não-discriminação, de fato, este princípio se incluí no preâmbulo de todos os instrumentos de direitos humanos.

 

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, como um registro fundamental dos direitos humanos, afirma no Artigo 1º: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade".  Esta literatura reflete a igualdade dos seres humanos e a proibição de discriminação entre eles. Além disso, o artigo 1º, parágrafo 2º, do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, e o artigo 2º, parágrafo 2º, do Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, pediram a proibição de qualquer discriminação nas ações dos governos.

Segundo o especialista do programa, o problema da desigualdade entre homens e mulheres em todas as sociedades é assunto remoto e antigo. Após a Segunda Guerra Mundial, ocorreram acontecimentos no Ocidente, e o tema da defesa dos direitos das mulheres e igualdade de direitos dos homens e mulheres tornou-se um movimento civil denominada movimento feminista. Mas o movimento feminista teve a grande desvantagem de buscar a igualdade de direitos entre mulheres e homens em todas as áreas, independentemente das características físicas e psicológicas intrínsecas das mulheres, tais como o seu papel no centro da família ou de cônjuge e mãe. A negligência dessa importante característica das mulheres fez com que as mulheres enfrentassem muitas discriminações. Apesar de todas as lutas das feministas para igualar os direitos das mulheres com os homens, as mulheres no Ocidente enfrentam uma grande desigualdade e discriminação. Estatísticas recentes em alguns países europeus, como o Reino Unido e a Alemanha, mostram que as mulheres que fazem o mesmo trabalho que os homens têm menos direitos do que os homens. Esta é a situação das mulheres que têm cidadania europeia e são consideradas cidadãos de primeira classe. Se uma mulher é imigrante nos países ocidentais, a situação é pior e, em muitos casos, é racista. As mulheres imigrantes que perderam a responsabilidade da família ou que entraram em países europeus para enviar seus salários para as suas famílias em seu país de origem são forçadas a aceitar qualquer oferta de emprego, incluindo a escravidão sexual. Essa escravidão é conhecida como escravidão moderna no Ocidente. A igualdade de direitos das mulheres e dos homens na Europa e nos maiorias países ocidentais desenvolvidos é um mero slogan, e as mulheres, já sejam cidadãs nativas ou imigrantes, sofrem de algum grau de desigualdade, discriminação e exploração.