Jun. 09, 2018 13:18 UTC
  • Violação dos direitos humanos no Ocidente da ilusão à realidade (15-2018)

Pars Today-Estamos com vocês com outro programa da série de artigos intitulados "Violação dos direitos humanos no Ocidente, da ilusão à realidade". Nesta edição, estudamos o caso da pobreza, especialmente entre as crianças da sociedade do Reino Unido.

A pobreza, devido ao problema da desigualdade, especialmente de renda, é uma das principais razões para as pressões e ameaças sociais que afetam a separação de um povo. Isso acontece quando, em um país, a riqueza não foi distribuída entre seus cidadãos e se concentrou apenas nas mãos de um pequeno grupo de pessoas. Uma das características dos países avançados é que eles têm uma classe social média, no entanto, recentemente, vemos que, mesmo nos países avançados do Ocidente, a classe média está gradualmente sendo destruída e, ao mesmo tempo, surgem fortes enfrentamentos entre seus membros. A pobreza é um elemento muito perigoso na sociedade, pois pode desestabilizá-la como seu conjunto. A pobreza, quando intensificada, deixa influências negativas sobre os frágeis estratos da sociedade, particularmente entre as crianças.

Desde a década 60 até este momento, as crianças tornaram-se mais pobres. As crianças não têm a capacidade de mudar seu ambiente. Eles não podem fazer nada para ajudar suas famílias. Mas, nas famílias pobres, quando as crianças alcançam a seis anos de idade, entram no ambiente de trabalho. Todas as consequências da pobreza deixam influências negativas na vida das crianças. As infra-estruturas fracas, desemprego, défice de serviços primários, falta de estudos na escola, a má-alimentação, violência dentro e fora de casa, trabalho infantil e todo o tipo de doenças são algumas dessas consequências desastrosas. A pobreza faz com que as crianças tenham um comportamento anti-social que usam, como um elemento para a sua proteção psicológica, no ambiente violento que as rodeia. Normalmente, a discriminação e a privação social aproximam os menores à violência e impedem que elas se controlem diante de acontecimentos estressantes. Normalmente, os menores sofreram abusos e, portanto, não têm uma reação construtiva para enfrentar os problemas da vida.

O Reino Unido tem o maior número de crianças pobres entre os países desenvolvidos. Atualmente, 3,5 milhões de crianças estão em absoluta pobreza naquele país. Uma nova pesquisa mostra que, nos últimos dois anos, o número de crianças trabalhadoras aumentou dez vezes mais em regiões britânicas de baixa renda, incluindo áreas de grandes e famosas cidades na Inglaterra, como Londres e Birmingham.

O centro independente "Joseph Rowntree Foundation" (JRF) publicou estudos sobre a situação no Reino Unido que mostram um recorde nos números da pobreza infantil. Esses estudos especificam que até 2011 e 2012, o índice de pobreza estava diminuindo na Inglaterra, mas, após algumas mudanças nas políticas de previdência do governo, feitas nos últimos cinco anos, 400 mil crianças e 300 mil aposentados se juntaram ao grupo dos pobres e, atualmente, 14 milhões de pessoas pobres vivem no Reino Unido, isto é, mais de 21% da população total deste país europeu. Este relatório destaca o aumento de 13,9% nas tarifas de ônibus e 11,4% no preço da eletricidade em 2017, enquanto não mudou a renda das famílias britânicas, o que pressiona a vida de as pessoas em diferentes estratos da sociedade britânica.

Uma nova pesquisa no Reino Unido mostra que, em menos de uma década, o número de crianças que vivem abaixo da linha de pobreza aumentou consideravelmente. Com base no relatório do Instituto dos Sindicados do Reino Unido, mais de 3 milhões de crianças britânicas vivem em famílias cuja renda total está abaixo da linha de pobreza, ou seja: 21 mil libras esterlinas a ano.  Este relatório enfatiza que quase 600 mil dessas crianças vivem na pobreza devido à cessação da ajuda financeira do governo e à falta de aumento na renda dos funcionários do setor governamental do país.

Francés O'Grady, secretário geral do Instituto dos Sindicados da União do Reino Unido, diz: "A pobreza entre as crianças nas famílias dos funcionários públicos aumentou consideravelmente desde 2010 e a redução da renda e a cessação de alguma ajuda financeira do governo nos últimos anos, deixaram influências destrutivas sobre a sociedade britânica ".   

Um porta-voz do governo do Reino Unido, em um comentário a este relatório, aponta: "Nós não reconhecemos oficialmente os números do Instituto dos Sindicatos. A realidade é que o número de pessoas que vivem na pobreza absoluta foi reduzido desde 2010 e essa redução inclui cerca de 300.000 crianças pobres ".

Com base no relatório de um instituto de pesquisa, a diferença entre as diferentes classes da sociedade britânica no campo da distribuição de riqueza aumentou nos últimos 10 anos. O Resolution Institute estima que quase 448 mil britânicos tenham a sua disposição cerca de 11 bilhões de libras da riqueza do Reino Unido. Este valor é quase 14% da riqueza total desse país. Com base no que foi dito, 15% da população na Inglaterra não tem nenhuma riqueza, mas têm muitas dívidas. Enquanto isso, o governo britânico, em resposta a este relatório, indica que a desigualdade econômica atingiu seu nível mais baixo desde meados da década de 1980.

 As crianças que sofrem de pobreza geralmente enfrentam depressão. De cada 6 crianças pobres, uma comete suicídio. A este respeito, a rede de televisão BBC produziu e publicou um documentário chamado "The Poor Children". Neste filme, se vê crianças em diferentes cidades britânicas que vivem em quartos com paredes escuras e cheias de fumaça. Essas crianças não têm espaço para brincar e a comida da escola é sua única refeição diária.

O numero oficial mostra que 85 das crianças que sofrem de asma aguda vivem em casas com paredes úmidas. Deste número, 47% vivem na pobreza. A pobreza é um dos problemas sociais do Reino Unido e sua influência sobre as crianças tem consequências negativas. Sem apoio do governo e políticas de combate à pobreza, é muito difícil e impossível alcançar o que é necessário para a vida saudável dos membros da sociedade, incluindo os menores, e esses obstáculos deixam influências nocivas na vida futura de menores.

Atualmente, a pobreza é um dos problemas sérios dos membros de uma sociedade. Bilhões de pessoas no mundo são privadas das principais possibilidades de vida. A maioria das pessoas não tem a possibilidade de acessar uma refeição por dia. Os países em desenvolvimento são mais confrontados com este problema. A pobreza em um nível amplo é uma das características da maioria desses países. Acredita-se que os países avançados não têm um problema chamado pobreza ou, se o tiverem, está em níveis limitados. No entanto, a realidade é que por trás das imagens coloridas e modernas das cidades dos países ocidentais, centenas de milhares de pessoas, especialmente crianças, sofrem dos problemas graves, entre os quais se destacam a fome e o acesso a possibilidades primárias de vida, como a educação e a habitação. No período do sistema bipolar, os governos europeus, sob a influência do liberalismo ocidental e imperialista dos EUA, através da execução de políticas estatais de bem-estar, para evitar a influência dos pensamentos comunistas, esforçaram-se para suprir as necessidades primárias do povo e trazer a desigualdade ao seu nível mais baixo. Com o desmantelamento da antiga União Soviética e a destruição da ameaça do comunismo, os governos europeus reduziram o déficit orçamentário das dívidas gerais, cessaram a implementação de políticas de bem-estar social. Um dos princípios da economia de mercado é a eliminação de subsídios e subsídios que o governo dedica a diferentes estratos, especialmente a classe média e a baixa renda da sociedade. Com o surgimento da crise financeira nos sistemas liberais do Ocidente, desde 2008, os governos daquela região intensificaram as políticas de austeridade econômica e, depois, reduziram a maioria da ajuda financeira à classe média e pobre da sociedade. A implementação de políticas de austeridade para reduzir o déficit orçamentário e as dívidas gerais do governo e dos bancos causaram o aumento de brecha econômica e da pobreza nas sociedades europeias. Por exemplo: na Inglaterra, as meninas estudantes, ao eliminar ou reduzir a ajuda financeira do governo, foram forçadas a se prostituir para suprir suas despesas, enquanto a classe média, para o suprimento de suas necessidades primárias, enfrentava múltiplos problemas. 

 

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