Jun. 19, 2018 22:08 UTC
  • A violação dos direitos humanos no Ocidente, da ilusão à realidade (17-2018)

Pars Today-(Em nome de Deus, todo-poderoso) , Saudações a todos os nossos queridos amigos da Voz em português de Pars Today. Estamos convosco com outro programa da série de artigos intitulados “Violação dos direitos humanos no Ocidente, da ilusão à realidade”. Ao esperar que possa agradar o seu interesse, convidamos a ouvir nosso programa hoje.

Nesta ocasião, abordamos a questão da violação dos direitos humanos na Inglaterra, no quadro do abuso sexual contra as mulheres.

Aproveitar-se de os trabalhadores, pagando-lhes menos do que os corresponde ou, em muitos casos, não lhes pagando nada, é considerado uma medida desumana e imoral. Nesse ambiente, mulheres e crianças são os grupos mais fracos e vulneráveis da sociedade que também enfrentam abuso sexual. O abuso tem dimensões diferentes; no entanto, o pior é o abuso sexual contra mulheres e menores, que devido à sua condição física, não têm capacidade de se defender.

Ao longo da história, mulheres e crianças foram abusadas de maneiras diferentes. No passado e na atualidade, crianças trabalhadoras e crianças-soldadas formam uma grande parte dos escravos que estão a serviço dos donos do poder e da riqueza. Os números revelam que, na maioria das guerras, especialmente na África, as crianças são usadas como soldadas pegam armas, enfrentam batalhas e finalmente perdem a vida.

O abuso sexual, uma forma de escravidão moderna, é considerado um problema importante nas sociedades e, infelizmente, nos países desenvolvidos, como o Reino Unido, se observam altos número desse fenômeno. A Inglaterra é um dos países pioneiros em termos da abolição da escravatura, de fato, a lei que acabou com a escravidão neste país remonta a 1102 D.C. No entanto, agora, o governo britânico impôs uma nova forma de escravidão aos seus cidadãos. De acordo com relatos de múltiplas agências informativas e documentos internacionais publicados por observadores de direitos humanos, é consideravelmente preocupante a crise de abuso sexual e escravidão moderna na Inglaterra.

As investigações de uma organização que trabalha sob a supervisão de um grupo de deputados do Parlamento Britânico, indicam que o abuso sexual foi institucionalizado como uma indústria no Reino Unido. Nesta investigação esclareceu-se que o estabelecimento de casas de prostituição teve um aumento crescente neste país, e os traficantes de pessoas, para responder ao pedido dos clientes destes lugares, aproveitam das mulheres frágeis, que, em sua maioria traficam desde os países pobres da Europa Oriental.

O uso instrumental de mulheres pobres na Europa não se limita às vítimas trazidas da Europa Oriental para os bordéis britânicos, mas recentemente, o grupo de apoio internacional para imigrantes “Info Migrant” publicou um relatório sobre situação dos refugiados, em particular os sírios, na Grécia, que contém dados muito preocupantes e comovedores.  . 

Com base no relatório do jornal britânico Daily Mail, grupos de traficantes enviam mulheres dos países da Europa Oriental para a Inglaterra para envolvê-las em escravidão sexual ou casamentos fictícios com cidadãos de outros países. As mulheres vítimas, em sua maioria pobre em seus países de origem, concordam em ir à Inglaterra e ao País de Gales com a promessa de uma vida melhor e receber altos rendimentos, mas, finalmente, os traficantes os obrigam a se prostituir ou a se casar com cidadãos de outros países. Cidadãos de outros países também compram essas mulheres a preços diferentes para se casarem e obtiver um passaporte britânico. Atualmente, essas mulheres se tornaram o segundo objeto benéfico e atraente do tráfico ilegal depois das drogas na Inglaterra e na Escócia. Elas depois de fazer aceitado o matrimonia arranjada, são abandonadas e se enfrentam a um destino amargo, pois em maioria dos casos caem de nova mão dos traficantes que as ingressam a circuito de prostituição. 

 O abuso sexual traz várias lesões sociais. Uma instituição britânica de caridade alertou que um quarto das mulheres salvas da escravidão moderna no Reino Unido engravidava e enfrentava muitos problemas.

Hestia, uma entidade para vítimas da escravidão moderna, em um relatório garante que as mulheres grávidas, que conseguiram escapar ou foram abandonadas pelos traficantes, não têm cuidados médicos. As investigações dessa entidade mostram que a maioria dessas pessoas pensa em cometer suicídio, uma vez que todas foram isoladas por longos períodos e nem sequer tiveram contato com seus familiares.

Essas vítimas da escravidão moderna são mulheres que, acreditando em promessas de trabalho, foram expostas a viajar ilegalmente para o Reino Unido, de modo que não têm nenhum documento de identificação nem conhecem alguém que possa ajudá-las. Quase 60% dessas vítimas são provenientes da Albânia e da Nigéria. 

Dados da Organização Contra os Maus-tratos e a Tortura no Reino Unido mostram que o abuso sexual é a maior forma de escravidão moderna enfrentada pelas mulheres, enquanto o abuso da força laboral é a forma mais comum entre os homens.

A porta-voz da Hestia diz que é preciso atender às necessidades das gestantes, como oferecer-lhes um local adequado e acesso a cuidados médicos, inclusive saúde mental, segundo a porta-voz, a falta de família e a sensação de solidão e preocupação é outro problema dessas mulheres; sobretudo, porque elas no momento da gravidez e do parto precisam mais do que nunca do apoio de suas mães.

Embora sempre durante a história, a escravidão tivesse sido de certa forma reprovada e países poderosos, incluindo a Inglaterra, tivessem tido um papel relevante na abolição da escravidão, o interessante é que esse país tem um nível recorde na escravidão moderna. O governo britânico admite que quase 13 mil pessoas neste país sejam vítimas da escravidão moderna. Estes números, publicados pela primeira vez, incluem trabalhadores forçados em campos e fábricas, um grupo de pessoas envolvidas em trabalho doméstico, prostitutas e crianças que são abusadas sexualmente.

O Ministério do Interior britânico diz que o enfrentamento da escravidão é uma prioridade em sua agenda, e observa que seu principal programa nesse sentido é o envio de grupos especializados para combater o tráfico de pessoas aos principais portos e aeroportos. Outro esforço desta entidade é tornar as leis de migração mais difíceis, de tal forma que obstruem a entrada de pessoas ilegais e criminosas.

A Escócia e a Irlanda do Norte também estão planejando alguns novos programas desse tipo. Enquanto isso, Theresa May, a primeira-ministra do Reino Unido, disse que esta lei é apenas parte da resposta a esta crise. Em sua opinião, a amarga realidade é que a escravidão existe em bairros, cidades e aldeias ao redor do mundo, incluindo a Inglaterra. Segundo May, chegou a hora de estabelecer uma medida concordante e organizada nesse sentido.

Quando falamos de escravidão, imaginamos cenas da detenção de africanos negros por brancos europeus ou se recorda o mercado de escravos na Europa ou nos EUA de séculos passados. No entanto, na era moderna de hoje e em um mundo em que o ser humano está no auge do progresso e da civilização, como o confirma o envio naves a Marte para o conhecimento deste planeta, e a questão dos direitos humanos e cidadania figuram como prioridades dos governos do mundo, milhões de pessoas estão em cativeiro, um fenômeno conhecido como escravidão moderna no século XXI.

De acordo com o representante especial da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) para a luta contra o tráfico de seres humanos, mais de 25 milhões de pessoas em todo o mundo são vítimas da escravidão moderna, e deste número 71% é composto por mulheres adultas e menores. Não esqueça que esses números são oficiais e que os números verdadeiros são muito mais altos. O fato é que estamos falando de um crime, cujas vítimas não têm tendência a colaborar com organizações governamentais. O tráfico de seres humanos, após o tráfico de armas e drogas, é o comércio ilegal mais lucrativo do mundo. Meninas e mulheres que caem na armadilha de traficantes são usadas como instrumentos sexuais em centros de corrupção e prostituição, especialmente em países europeus.

Nos países ocidentais, cujos governos alegam defender os direitos humanos, centenas de milhares de mulheres e meninas não têm todos os seus direitos e, se denunciarem sua situação a centros legais, são expostas a prisão ou expulsão. Essas mulheres, então, são forçadas a permanecer nos centros de corrupção e prostituição para prestar serviços sexuais a seus clientes.