Jun. 27, 2018 22:49 UTC
  • Violação dos direitos humanos no Ocidente da ilusão à realidade (18-2018)

Pars Today – em edição de hoje, abordamos o desenvolvimento do Fascismo e Extrema-direita na Europa, em que por sua vez aumenta a violação e o crescente pisoteia de direitos dos imigrantes.

Após a Segunda Guerra Mundial e o fracasso dos aliados, parecia que o fascismo tinha abandonado para sempre a cena política da sociedade europeia, mas ao contrário do que se imaginava, em pouco tempo e a partir da década 60, surgiu uma nova geração, no centro e norte da Europa, recriando novamente os pensamentos, cujos representantes tradicionais foram Hitler e Mussolini.  

O aumento da imigração do Oriente, especialmente do Sudeste Asiático e da Turquia, rumo a Europa, que visava ter uma vida melhor e uma renda mais alta, mais uma vez, criou um ambiente favorável para os direitistas europeus, recorrendo ao caso das minorias religiosas e imigrantes, provocaram a opinião pública com advertências sobre o grande perigo, que, como o caso dos judeus de sua época, poderia criar múltiplos problemas para uma Europa ainda tranquila e mais prospera. Os seguidores desta opinião, mais do que qualquer outro assunto, atendiam o caso daqueles imigrantes que não quiseram alinhar-se com os valores europeus e permaneciam comprometidos com suas tradições e costumes locais.  

Nos últimos anos da década 60, a Europa enfrentava diferentes ondas de direitismo. Partidos radicais de direita em países que tinham aceitado imigrantes e enfrentavam crise econômica, o desemprego e inflação alta e, atualmente, aumentaram as pressões para limitar a imigração e aumentar os impostos sobre os estrangeiros. Os defensores desse tipo de extrema-direita exigem a manutenção das tradições cristãs, a identidade nacional de seu país e o fechamento das fronteiras. Os estratos tradicionais e conservadores da Europa são considerados entre os tradicionais apoiantes dos partidos de direita.  

Na maioria das vezes, o fascismo clássico, como a extrema-direita de hoje consideravam os judeus e imigrantes estrangeiros como importunos nas sociedades avançadas. Os partidos de direita radical estão comprometidos com pensamentos comuns. A característica comum dos seguidores da direita radical é a sua oposição à presença de estrangeiros, incluindo imigrantes, em países europeus. Segundo os direitistas, hoje a identidade dos países europeus enfrenta muitas ameaças. Nos últimos anos, partidos de extrema direita obtiveram consideráveis ​​êxitos políticos ao levantar certos slogans xenofóbicos e anti-imigrantistas.

Entre os países europeus, a Alemanha aceitou um grande número de imigrantes, mas, com as atividades do partido radical e as políticas contra imigrantes do governo de Berlim, hoje algumas cidades alemãs não são mais consideradas locais seguros para refugiados. Até 25 mil pessoas contra-atacaram no final de maio uma manifestação de 5.000 simpatizantes do partido de direita Alternativa para Alemanha (AfD) em contra a política de imigração da chanceler alemã, Angela Merkel. A extrema direita alemã estava convencida de que seria o seu dia. Os partidários do partido ultranacionalista e islamofóbico “Alternativa parar Alemanha” (AfD) convocaram uma manifestação em Berlim para que a sua voz fosse ouvida contra a política de imigração da chanceler Angela Merkel. Em todo a parte do país, cerca de cinco mil pessoas se reuniram em frente aos prédios do governo para exigir a renúncia do líder conservador. No entanto, o protesto terminou com um sabor amargo. Cientes da reunião da extrema-direita no centro da capital alemã, milhares de cidadãos reuniram-se simultaneamente na mesma local manifestaram contra o governo e sua decisão tomadas há três anos de abrir as portas do país aos refugiados.

O partido, Alternativa para Alemanha, fundada em 2017, chegou ao parlamento alemão com a promessa de resistir ao que chama de invasão de imigrantes. Este partido de direita radical e anti-islâmico participou nas eleições parlamentares e foi o terceiro partido mais votado neste país europeu.  

Apesar de suas características anti-migratórias e racistas, o Tribunal Constitucional da Alemanha absteve-se de declarar ilegal o Partido Nacional Democrático da Alemanha (NPD). Em 17 de janeiro de 2017, os juízes do Tribunal Constitucional da Alemanha anunciaram que, embora o NPD tivesse algumas semelhanças com o nazismo, não era considerado uma ameaça para o sistema democrático do país. Por essa mesma razão, o tribunal recusou-se a proibir as atividades dessa congregação partidária.  

A mídia alemã considera o Partido Nacional Democrático da Alemanha, que se opõe abertamente à imigração de estrangeiros, como um partido xenofóbico e anti-judaico e pediu aos governos locais de 16 estados federais da Alemanha para anunciar as atividades desta formação politica como ilegal. Este petição foi feita enquanto a insatisfação generalizada com a entrada de refugiados na Alemanha provocou o aumento do apoio popular a grupos que se opõem à imigração naquele país.   

Os países europeus estão testemunhando o perigoso do aumento de xenofobia, racismo  e da destruição dos valores tradicionais na Europa, com exigências a seus políticos para que atuem contra os imigrantes não europeus. A discriminação racial é feito na maioria dos países europeus e a maioria dos migrantes é confrontada com muitos problemas em áreas como o emprego, a educação e a saúde. No ano passado, a ONU criticou essas políticas racistas e do Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU, Zaid Al-Hossein Raad alertou para o comportamento racista de alguns candidatos em eleições em países democráticos, especialmente no Ocidente.

Enquanto isso, o ápice de ataques propagandistas de extrema-direita em países europeus é atingir o Islã e os muçulmanos. A comunidade muçulmana nos países europeus enfrenta graves pressões psicológicas e sociais destes grupos radicais. Os partidos de extrema-direita e seus líderes estão se esforçando para aproveitar o crescente temor face o Islã e a maior parte se vincula à publicação dos crimes violentos do grupo terrorista Daesh.  

Por outra parte, deve se levar em conta o firme papel desempenhado por alguns partidos de direita, alguns políticos radicais e também cientistas e especialistas na Europa no desenvolvimento da islamofobia nesse continente. A atividade destes grupos nas sociedades europeias tem um papel relevante no desenvolvimento do fenómeno da islamofobia entre a opinião pública ocidental e terminou com a criação de condições difíceis para os muçulmanos nas sociedades europeias. Isto, embora com base nos compromissos de direitos humanos, os migrantes tivessem direitos primários nos países europeus, de modo que as questões étnicas ou de crença de uma pessoa não pudesse se tornar um pretexto para a discriminação e violação de direitos humanos.  

O crescimento da extrema direita e dos partidos anti-imigrantes na Europa está mudando as regulamentações que regem esse continente. Os europeus, após a Segunda Guerra Mundial, tentaram estabelecer políticas concordantes e regulamentos dos direitos humanos para criar uma comunidade multicultural. O projeto da integridade da Europa e a criação da União Europeia foram feitos neste mesmo quadro. Enquanto isso, fora da Europa, os governos europeus  proclamadores de a defesa dos direitos humanos não respeitaram regulamentos ou leis, incluindo os direitos humanos, em nenhum lugar. Os europeus fora do seu continente, quando se trata de exigir benefícios, muito facilmente deixam de lados os regulamentos de direitos humanos. Mas, a crise econômica e a onda de imigrantes e refugiados para a Europa causaram muitos problemas para os governos europeus e um desses desafios é o crescimento de partidos radicais de direita, anti-imigratórios e os opositores da integridade europeia. Atualmente, a Alemanha, como um dos principais motores da União Europeia, está lutando contra o fenômeno de Extrema-direita, ou seja, a direita radical. O partido, Alternativa para a Alemanha é considerado o maior partido da oposição ao governo, o qual ocupa 96 assentos no Parlamento alemão. Se os slogans contra imigrantes deste partido radical na Alemanha e em outros países europeus se concretizarem, seguramente serão abaladas as fundações tão desejadas das sociedades europeias e da União Europeia, que se baseiam pela integração, união e tolerância.

 

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