Set. 10, 2018 17:59 UTC
  • Pontos de vista do líder da Revolução Islâmica do Irã (encontro com o Presidente do país e ministros do seu gabinete)

Pars Today- A vitória da Revolução Islâmica em 1979 foi um evento importante que não só resultou na derrubada de um regime monárquico no Irã, mas também cortou as mãos de muitos ambiciosos, especialmente os Estados Unidos, que os tinham nas reservas do Irã.

A partir desse dia, a hostilidade norte-americana contra o país persa começou, de modo que o governo dos Estados Unidos iniciou seus esforços para derrubar o governo islâmico do Irã. A guerra, o assassinato e o apoio financeiro e militar aos grupos terroristas, entre eles os chamados Mujahedins Khalq (MKO), conhecidos como os hipócritas, bem como várias sanções econômicas e militares, são algumas das medidas dos EUA e seus seguidores contra o Irã. 

Os EUA impuseram muitas dificuldades aos iranianos para quebrar o seu orgulho e determinação e ajoelhar e enfraquecer o povo perante os seus inimigos jurados, mas nenhum dos planos maléficos de Washington e seus cúmplices prejudicaram o movimento revolucionário do povo iraniano, pelo contrário; Uma das máscaras usadas por vários presidentes americanos para enganar a opinião pública é a exigência de manter um diálogo com as autoridades iranianas. 

Os americanos dizem que são a favor do diálogo e que os problemas podem ser resolvidos dessa maneira e, nesse sentido, um dos problemas que eles atribuem à República Islâmica do Irã é a falta de vontade de conversar com eles. O povo do Irã, cuja civilização e cultura são profundas e antigas, desde o início da sua história tem buscado um relacionamento amigável com todos os países independentes e soberanos.

O décimo primeiro governo da República Islâmica do Irã, chefiado por Presidente Hassan Rouhani, a pedido dos norte-americanos, formou uma equipe de negociação para manter conversações com os Estados Unidos e mais cinco países europeus sobre a questão nuclear iraniana. Depois de muitas exaustivas reuniões entre o Irã e seis potências mundiais, as decisões finais foram tomadas dentro da estrutura de um acordo chamado Plano Integral de Ação Conjunta (JCPOA). O Irã mostrou da melhor forma o seu compromisso com as decisões adotadas, e as entidades observadoras a nível internacional, como a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), apesar de suas restrições, averiguaram a honra iraniana perante os seus compromissos assumidos.

Em troca do compromisso do Irã com as negociações nucleares, supunha-se que os Estados Unidos acabassem com todas as sanções anti-iranianas e eliminavam a pressão sobre a nação persa, mas por causa de sua natureza arrogante, massacraram todos os esforços feitos até agora matando o espírito do diálogo, e o atual presidente dos EUA, Donald Trump, ignorou todos os acordos nucleares e subitamente retirou o seu país do pacto.

Os americanos que sempre patrocinaram o regime criminoso de Israel mostraram que o lema do diálogo de Washington é apenas um slogan enganador e traiçoeiro e é como uma linda cobra que espalha seu veneno para pelo mundo inteiro indiscriminadamente. Os Estados Unidos mais uma vez mostraram ao povo do Irã e ao mundo inteiro que não são um país confiável.

O líder da Revolução Islâmica no Irã, o aiatolá Seyed Ali Khamenei, se referiu repetidamente à posição ambígua dos Estados Unidos. O Líder acredita que a atitude de Washington não se limita ao Irã, mas que tal comportamento tem sido visto até mesmo com seus fantoches, como o ex-monarca do Irã, o Xá Pahlavi e o ditador egípcio Hosni Mubarak.

O Líder da Revolução Islâmica, em discursos anteriores, falou sobre a profunda inimizade dos Estados Unidos em relação à República Islâmica do Irã, a este respeito, afirmou: "Nas negociações dos últimos anos e após o acordo nuclear, ficou claro que questões como casos nucleares e de programa de mísseis balísticos iranianos não são o principal problema, mas a profunda oposição e hostilidade dos Estados Unidos estão enraizadas no princípio do Sistema Islâmico e contra a nação iraniana (...) querem remover o componente de poder e esvaziar a autoridade do Sistema Islâmico” advertiu o aiatolá Khamenei.

Hoje, a desonestidade dos norte-americanos e as declarações de Trump tornaram evidente a profunda hostilidade dos EUA contra o Irã e são mais explicitas do que antes. Enquanto o Irã queira preservar suas realizações científicas no campo nuclear com compromisso e responsabilidade e através do diálogo, continua a grande animosidade dos Estados Unidos contra os iranianos.

 Esta experiência é muito valiosa para o governo e a nação do Irã, uma vez que fez com que as novas gerações de iranianos percebessem a hostilidade e a malícia dos Estados Unidos em relação a sua pátria. Com a atitude desonesta dos EUA em relação ao acordo nuclear, a posição do Irã entre as nações do mundo fortaleceu, enquanto a desconfiança do mundo e até mesmo o ódio ao governo americano tem aumentado numa forma muito significante.

Na quarta-feira, 29 de agosto, em uma reunião com ministros do gabinete, o aiatolá Khamenei descartou enfaticamente qualquer negociação com os americanos, afirmando que: "O resultado das negociações com autoridades americanas anteriores que pelo menos mantinha as aparências era o mesmo de hoje. Não haverá diálogo com os canalhas do atual governo dos EUA, que estão em guerra aberta contra os iranianos”.

Nessa mesma linha, o aiatolá Khamenei disse que Washington "quer acreditar que pode levar qualquer um, incluindo a República Islâmica, à mesa de negociações. Mas como digo (...) não haverá negociação”, ressaltou.

Dado que o Irã desempenha um papel central nas realidades da região asiática, especialmente na Ásia Central, o diálogo com o Irã sempre foi uma das necessidades dos EUA. Os governantes dos EUA sempre se esforçaram para negociar com o Irã. Barack Obama, o ex-presidente dos Estados Unidos, chegou a escrever ao aiatolá Khamenei, instando-o a negociar. De fato, recorrendo a esse truque, eles queriam mostrar ao mundo que o Irã precisava dialogar com os Estados Unidos e, de alguma forma, levar o Irã à mesa de negociações. No entanto, com as conversas lógicas e credíveis dos iranianos nas sessões do G5 + 1, os EUA mostraram que não respeitavam seus compromissos e que até violavam sua assinatura e compromisso.

Agora, os Estados Unidos estão recorrendo a pressões econômicas e sanções para demonstrar que a Revolução Islâmica do Irã não pode resolver seus problemas econômicos. Há alguns anos, o aiatolá Khamenei vem enfatizando a necessidade de desenvolver a produção nacional e a economia de resistência para neutralizar as sanções econômicas do inimigo. O Líder acreditava que, com a adoção de importantes medidas econômicas, podíamos alcançar a prosperidade econômica confiando nas forças nacionais.

Em seu recente encontro com os membros do gabinete, o aiatolá Khamenei enfatizou a importância da união entre os responsáveis ​​pela solução dos problemas econômicos do país. A este respeito, ele disse: "Uma equipe ativa pode resolver todos os problemas econômicos".

O aiatolá Khamenei também ressaltou que o inimigo se concentrou na questão da economia do país devido a algumas fraquezas e lacunas nessa área, e, nesse ponto, reiterou: "No setor econômico, um trabalho forte deve ser feito para preencher todos os problemas e lacunas. Isso é possível e viável, não temos um beco sem saída na gestão da economia do país”, afirmou.

Acrescentou que "a qualidade e quantidade do desempenho das agentes econômicos do país deve ser de tal que não haja diferença entre o dia e a noite e o eixo de suas ações deve ser a política da economia de resistência, cuja base é a produção nacional”.

A economia da resistência é uma economia produtiva que emana de dentro. Se esta estratégia econômica resultar, muitos benéficos serão vistos e alcançados. Emprego juvenil, melhoria da qualidade da produção nacional, ativação do setor exportador, etc. estão entre as conquistas da economia de resistência. A questão da produção nacional e a resolução de seus problemas constituem uma das questões importantes que devem ser abordadas pelos altos funcionários do país. Segundo o Líder, os problemas de produção têm soluções e, de fato, os economistas já apresentaram soluções nesse sentido, que, se colocadas em prática, melhorarão a situação de vida das pessoas.

Segundo o Líder da Revolução Islâmica, "as políticas da economia de resistência servem para aumentar nosso poder contra o inimigo, enquanto desenvolvemos avança nossa capacidade. Portanto, a economia da resistência, com foco na produção nacional, tem aspectos ofensivos e defensivos”, concluiu o aiatolá Khamenei.

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