Abr. 07, 2016 15:28 UTC

Ao cumprimentar os nossos prezados ouvintes e os interessados na série de programas, “Venha conosco ao Irã”.

Em nome de Deus

Como têm lembrado, nos programas anteriores conhecemos a cidade de Shiraz, capital de Fars, e os seus formosos monumentos históricos.

 

Menciona-se também que Shiraz é a terra natal de muitas personalidades conhecidas no mundo da ciência, arte e literatura iraniana. Hoje em dia, os túmulos e memoriais destes intelectuais recebem muitos de seus admiradores que chegam de diferentes partes do mundo.

Já lhes apresentamos o Hafez, grande e famoso poeta iraniano, cujo tumulo foi um dos temas do capítulo anterior.

Começamos o programa de hoje, apresentando outro poeta conhecido deste território, que se chama o Sheikh Moslehedin Saadi Shirazi, um poeta do século VII. O Memorial e o tumulo de Saadi, conhecido como Sadieh, está situado próximo de uma montanha a uma distância de quatro quilómetros no nordeste da cidade de Shiraz. No entanto, hoje em dia, com o crescimento desta cidade, o local tem ficado quase no centro. Este lugar, anteriormente, era um Seminário onde o Saadi, passou os últimos dias de sua vida e, depois de sua morte, o enterraram ali mesmo. Pela primeira vez, no século VII, construiu-se um memorial para Saadi, mas no ano 998 foi destruído por ordem de Yaghub Zolghadr, o governador da época. Mais tarde, em 1187 da hégira lunar, Karim Khan Zand, o rei da dinastia Zandieh mandou reconstruir o tumulo. Em 1329 da hégira solar, por ordem de Ali Asghar Hekmat e através da Associação das Obras Nacionais do Irã, foi substituído o monumento pelo atual, o qual foi desenhado pelo arquiteto francês Andere Godar.

O estilo do monumento é persa e a frente do tumulo existem oito colunas de pedra de cor de marrón. O mesmo monumento tem sido decorado com pedras brancas e azulejos. Os laterais do monumento têm forma cubicas, mas no interior conta com oito arestas e muros do mármore e uma cúpula de cor azul.

Este monumento, através de uma entrada se liga a tumulo de Shurideh Shirazi, a conhecido poeta persa.

A infra-estrutura do novo tumulo de Saadi, abarca um área de 260 m², junto com o jardim e espaço exterior tem uns 10.400 m².

O monumento inclui dois terraços perpendiculares, onde o túmulo do poeta. O teto do monumento também está decorado com azulejos de cor turquesa. Nas oito arestas do edifício, existem também oito inscrições, caligrafadas com poemas de Saadi.

Ao redor do monumento deste grande poeta também existem outros túmulos de personalidades e intelectuais.

Queridos ouvintes, a cidade de Shiraz é conhecida também por seus belos jardins e árvores, os quais têm sido descritos nos itinerários de turísticas estrangeiras. O turista marroquino Ibn Batute, quem visitou Shiraz no século VIII da hégira lunar afirma que no Oriente, nenhuma outra cidade, exceto a Shiraz, chega à altura de Damasco, pela beleza, pelos mercados, jardins, as chafariz e por seu povo e, acrescenta que Shiraz está situada numa terra plena cercado por jardins.

Evidentemente, é pelo bom clima e o tempo tremido que têm crescido os jardins mais formosos em Shiraz. Os jardins de Eram, Bagh-e Delgosha, Jahan Nama e Nazar” e também o “Narenjestán”, são entre os mais conhecidos.

Seguimos o programa de hoje, apresentando-lhes o jardim de Eram.

O jardim Era, é um dos mais conhecidos e mais antigos jardins da Pérsia. Este jardim, com a arquitetura tradicional persa e com os altos pinheiros é uma das atrações mais visitadas nesta cidade.

Principalmente, este jardim foi fundado na época de Ilkhanian entre os anos 654 a 750 da hégira lunar. Mais tarde, foi reconstruído por dois arquitetos famosos de Shiraz.

Há 100 anos, foi construído um edifício de três plantas neste jardim, cuja arquitetura, pinturas, decorações de gesso e azulejos estão umas das obras mestres da época de Qajar no século XIX. A primeira planta está decorada com as inscrições de pedra e os poemas de Hafez e Shoride Shirazi, dois célebres poetas persas.

As decorações belas com azulejos que contam a história do profeta de Salomão, as festas e mais outros quadros de pintura que tratam dos contos de diferentes poetas persas, tais como Nezami Ganjawi, têm diferenciado o jardim Eram a outros semelhantes no mundo. Em geral, as pinturas e a beleza dos azulejos nas paredes mostram a cultura tradicional e o interesse dos persas pelas histórias do Alcorão e do livro de Shahname (a obra do poeta iraniano o Ferdosi).

O edifício do jardim de Eram desenhou-se de tal forma que a água sai da zona nordestina e cai à planta subterrânea do mesmo edifício para refrescá-lo. Na frente do edifício, existe uma fonte com decorações de azulejos, a qual se refletem as imagens dos pinheiros e do edifico, o que atrai a atenção de qualquer visitante. Os altos e velhos pinheiros, por sua beleza, tornam-se mais famoso e formoso este jardim. Entre os pinheiros do jardim de Eram, um é conhecido por sua idade de 250 anos e sua altura de 36 metros. Este pinheiro está à frente do edifício e à margem sul da fonte de azulejos.

O jardim de Eram, hoje, funciona também com um jardim botânico que pertence a Universidade de Shiraz e, anualmente recebe visita de estudantes, pesquisadores e turistas estrangeiros.

Neste jardim, também estão plantadas mais de 500 espécies de flores e plantas, algumas delas espécies raras.

O jardim Narenjestán (jardim de laranjeiras), um espaço de lazer, está entre os mais formosos jardins antigos da cidade Shiraz. Este jardim com um monumento no seu interior é um conjunto valioso da época de Qajar em Shiraz. O jardim leva seu nome pelas laranjeiras que existem no local.

Ali Mohamad Khan Qawam Al Molk iniciou a construção do jardim de Narenjestan e, seu filho, Mohmad Reza Qawam Al Molk, completou-o em 1922.

A porta principal abre-se para o sul e a parte superior está decorada com as gravações em mármore de cor vermelha com versículo do Alcorão. A porta está construída em madeira com formosas decorações de marchetaria em que se abre ao espaço do jardim.

O jardim Narenjestán tem diferentes edifícios em diferentes cantos do seu espaço interior. O edifício principal com o estilo da arquitetura da época da dinastia de Zandieh conta com duas colunas e um terreio que se encontra na parte do norte.

Nas duas partes do corredor localizam-se duas portas, que têm acesso as outras partições do edifício. Estas portas tem uma altura de dois metros. As colunas do corredor são feitos de um mármore inteiro e em forma de cilindro.

O edifício Narenjestán, com uma superfície de 900 m² tem sido construído num terreno de 3.500 m². Este jardim foi registrado em 1974, na lista dos patrimônios nacionais do Irã.

O edifício do jardim pelas decorações de espelhos, vitrais, da arte tradicional marchetaria e das esculturas é um dos mais belos edifícios da época de Qajar em Shiraz.

Em 1967 este jardim foi entregue à Universidade de Shiraz. Em 1997, o iranólogo francês, o professor Arthur Upham Pope, do instituto Asiático realizou investigações neste jardim.

Queridos ouvintes temos finalizado o programa de hoje. Espera-se que este programa tem sido de seus interesses e agrados, despedimo-nos até o próximo programa. Adeus.