Venha conosco ao Irã
As cerimónias de casamento entre diferentes tribos têm seus costumes próprios.
Nas sociedades tribais, o matrimônio, não é somente a convivência de duas pessoas, mas tem dimensões bem mais amplas, pois são uma comunhão que também engloba duas famílias, duas raças, bem como duas tribos sendo assim, é um laço familiar. Em certas ocasiões, o matrimônio entre as tribos significa acabar com as inimizades e se conhece como Khun-bas (cessar-conflito). Os Qashghaies se casam normalmente muito jovens e entre si, isto é, entre seus grupos parentescos na sua tribo. É muito rara encontrar casamentos entre diferentes famílias ou indivíduos de outra tribo.
As famílias desempenham um papel importantíssimo no casamento dos jovens. O matrimônio se realiza entre duas famílias de mesmo nível e com a permissão dos mais velhos de ambas as famílias. Na realidade, esta união significa fortalecer a situação da família entre os diferentes graus de parentescos no meio de tribo.
Um dos mais importantes motivos do matrimônio entre Qashghaies é ampliar a família. Já que a família é a primeira base na vida tribal e eles tem auto suficiência no fornecimento das suas necessidades primárias. Portanto, a força humana tem um papel importante na renda familiar. Nesse sentido, os filhos se tratam dos mais velhos na tribo.
O patriarcado é uma característica destas famílias, por isso, ter filhos varões para manter, sustentar e proteger a geração da família é importante para os pais. Já que os filhos varões, além de ajudar a seus pais, também protegem patrimônio da família, e se dedicam melhor à pecuária e agricultura. As famílias com vários filhos homens se enfrentam menos problemas, já que se dividem as tarefas entre todos os membros da família, e por isso, encontram-se numa situação melhor.
É curioso saber que o divórcio entre os nômades é considerado um ato desprezível, sendo poucas vezes encontrado desfeito do casamento.
Os Qashghaies celebram no verão suas festas, tais como os casamentos, isto acontece perto de cachoeiras e um ambiente verde. Eles erguem muitas tendas e vestem trajes coloridas. Nos casamentos divertem-se com muitos jogos tradicionais como montar a cavalo, disparos com armas, cantando e dançando.
O dance tradicional entre os Qashghaies é um motivo de ânimo e superar as dificuldades da vida quotidiana. Dançar também é o símbolo da unidade e amizade. À hora de dançar, todos com um lenço colorido na mão e ombros a ombros dançam em forma circular. Um dos dances frequentes entre os homens qashghaies é chamado “Darmarow” ou “Chub bazi” (o jogo de bastão). Neste dance, enquanto outros tocam o timbal e o tambor, dois homens se desafiam em forma amistosa, com dois bastões, um mais curta que outra. Os dois dançarinos, enquanto aumenta o ritmo da música, golpeiam um ao outro com estes bastões aos pés do seu adversário e tentam conquistar o bastão mais longo do seu rival e, assim, continuam dançando até que um ganhe.
Queridos ouvintes, conhecemos casamentos de Qashghaies, agora vamos saber da outra cerimónia desta tribo que se chama “tosquia”. Lã é um dos produtos proveniente da pecuária, tem grande importância para os nômades. Lã é a matéria prima de tecidos, um dos trabalhos artesanais mais destacados da tribo. Também, um recurso económico significativo para eles. A “Tosquia” se realiza em duas fases e com seus próprios costumes. A primeira fase se faz no inicio da primavera e, a segunda fase, em meio do verão, isto é, a segunda vez da corte e recolha de lã dos rebanhos. A lã recolhida no verão, normalmente se usa para fazer feltro.
Como temos dito, a lã é a matéria prima nos tecidos dos Qashghaies, os quais têm sido registados como produtos artesanais, e um patrimônio mundial. A seguir, apresentamos os tecidos dos nômades da província de Fars, os quais são exportados também para fora do país.
Geralmente, a tapeçaria dos Qashghaies se divide em dois tipos: grosso como tapete e Gabbeh e, os mis finos como Gelim, Suzani, etc. Existem outras modalidades de tecidos que se servem para fazer Khorjin (Alforje).
A tapeçaria é uma arte mais bela dos incansáveis mulheres nômades.
A arte de tapeçaria entre nômades da província de Fars, sobretudo os Qashghaies e a tribo Khamseh, é uma atividade muita frequente. Eles fazem tapetes de uma forma que leva muito menos tempo, como eles se mobilizam duas vezes, no verão e no inverno, isto é um limita para o trabalho de fazer tapetes. Nesse sentido, os tapetes feitos por eles são normalmente pequenos. Como não existem paredes para apoiar estruturas de tecelagem, os nômades costumam usar estruturas horizontais no chão, os quais são muito leves, e de rápida instalação.
“Gabbe”, também é outro tipo de tapete que fazem os nômades. “Gabbe” simboliza a beleza, alegria e a frescura, tendo cada desenho diferente, inspirado da natureza feito por mulheres e as moças Qashghaies.
As tintas e cores utilizadas nos Gabbes são naturais e de grande variedade. A figura de leão, como um desenho tradicional se usa muito nos tapetes dos Qashghaies, o qual simboliza uma relação direta com este animal que vivia na região de Arjan na província de Fars. Mas também, aplicam-se no Gabbe outros tipos de desenhos tais como estrelas, o desenho “Kheshti “e também as figuras de outros animais”“. A textura dos Gabbes são 100 % de lã. Normalmente, os Gabbes têm dimensões de um por dois metros ou dois metros por 115 cm.
Jajim também é outro tipo de tecido feito de lá e fino, o qual tem um desenho muito colorido, se utiliza como toalhas de cama e lenções e também serve para aguardar as coisas dentro da tenda. A fonte de agua se usa muito como desenhos utilizados em Jajim, em forma de singular ou quadriculados. O Jajim também serve como manta.
Outro tipo de tapetes Qashghaies é o Glim. Ele é feito também por mulheres. A textura de Glim também é de linha de lã fina. Glim qashghai é conhecido pela vivacidade de suas cores.
As mulheres fazem todo o processo de preparação de matéria prima na tecelagem o Glim, desde preparação de fio de lã e tingir os fios. Os desenhos são muito variados e complexos, sendo inspirado pela criatividade das tecedoras.
Como um trabalho artesanal e manual, cada tapete se varia do outro e nunca são iguais, inclusive em tamanho, desenho e mesmo nas cores.