Ago. 01, 2016 11:24 UTC
  • Violação dos direitos humanos no Ocidente; da ilusão à realidade

A Sociedade dos Estados Unidos durante os últimos dois séculos é caracterizada por uma série de atitudes racistas e a "Casa Branca" é geralmente o pico de pensamentos racistas dos fundadores da comunidade política norte-americana.

 

A morte de mais de dez milhões de índios por cidadãos norte-americanos brancos, ao longo dos últimos dois séculos, indica a existência de um pensamento claramente superioridade neste país e este pensamento a cada dia se torna mais institucionalizado.

Na última semana, em um tiroteio da polícia dos Estados Unidos em Baton Rouge, no estado de Louisiana, foi morto um cidadão afro-americano. Pouco tempo depois, a 1700 quilômetros de Baton Rouge, em Minnesota ocorreu outro incidente semelhante, a polícia acabou com a vida de um cidadão negro cujo veículo tinha sido parado por uma falha nas luzes. Estes incidentes levaram a realização de marchas e protestos contra a violência policial. Em sete de julho, durante uma manifestação na cidade de Dallas para condenar a morte de dois cidadãos negros nas mãos da polícia, um veterano da guerra dos EUA no Afeganistão, Micah Johnson, matou cinco oficiais que estavam presentes no local para manter a ordem.

Considerando que nos dois últimos incidentes de tiroteios nos EUA perderam a vida os que pertençam dos grupos minorias étnicas e religiosas, sem dúvida, tem põe em relevância a questão da raça e o racismo nos Estados Unidos. Discriminação institucionalizada contra os negros, de fato, se evidência no direito penal deste país e da estrutura da polícia que conduz à introdução de questões como a luta contra a polícia e o uso excessivo da força contra o crime.

A discriminação racial nos Estados Unidos remonta ao período de escravidão no século XVII e desde então a população de cor deste país tem enfrentado diferentes restrições, privação e violação de seus direitos humanos mais básicos. Em 1968, quando o racismo e opressão contra as pessoas de cor estavam em seu auge, Martin Luther King liderou um movimento pelos direitos civis e gestou uma série de manifestações pacíficas. Este ativista assassinado é conhecido por seus discursos inflamados, incluindo o mais famoso que foi "Eu tenho um sonho" (I have a Dream), que alega discriminação racial. Embora os líderes dos EUA honrassem Martin Luther king denominando a terceira segunda-feira de janeiro, com o seu nome e, desde então, este dia é considerado um momento comemorativo, as pessoas de cor neste país ainda estão tentando realizar o sonho de Martin Luther king que era o fim da apartheid naquele país.

Um novo estudo mostra que, durante os primeiros seis meses deste ano, 491 pessoas foram mortas pela polícia nos Estados Unidos, enquanto foram relatados, durante esse período do ano passado 26 casos. De acordo com estudos, cujos resultados foram publicados no jornal Washington Post, deste ano, mais agentes no cumprimento do seu dever foram mortas a tiros e mais oficiais por causa de supostos disparos foram julgados. Segundo o relatório, os negros ainda são 2,5 vezes mais o alvo de ser baleados pela polícia do que os brancos. Menos de 10 por cento de todos os mortos pelo disparo de policia estavam armados e um quarto deles sofria de doença mental. De acordo com as estatísticas exatas, a cada 28 horas morre um negro por ação policial nos EUA, o que torna este número no mais alto de homicídio de negros no mundo. Discriminação e massacre dos negros norte-americanos, desta vez, provocou o protesto do Secretário Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, que disse após os recentes assassinatos de negros pela polícia nos Estados Unidos, nos estados de Louisiana e Minnesota e morte de policiais em Dallas, ao condenar "o assassinato de cinco policiais, pediu também uma investigação" imparcial "sobre a morte de cidadãos negros pelos agentes. De acordo com um porta-voz de Ban, incidentes da semana passada", destacam mais uma vez a necessidade de abordar plenamente a discriminação, incluindo as desigualdades raciais". Ban disse que não há justificação para estes atos de violência e acusou a polícia de ser responsável pelo sofrimento de muitas pessoas depois de uma série de assassinatos de negros como os que ocorrem nas cidades Ferguson, Missouri, Nova Iorque, Baltimore e Chicago; ele também observou que os agentes causam os movimentos para repelir a brutalidade policial contra os negros.

Além de Ban Ki-moon, o chefe do Grupo de Peritos das Nações Unidas sobre Pessoas Afrodescendentes, Ricardo Tsonga, em um comunicado publicado no site oficial das Nações Unidas, enfatizou a forte raiva da instituição que lidera por causa dos graves atos de polícia de matar dois homens afro-americanos e condenou energicamente a essa ação. A morte de Filando Castil em Minnesota e Alton Sterling, Louisiana, pela polícia não é um caso que pode ser ignorado, disse ele, acrescentando: “Nós pedimos medidas urgentes para garantir que os infratores sejam processados e punidos”. Este grupo das Nações Unidas observou que o uso excessivo da força pela polícia contra os afro-americanos nos Estados Unidos tornou-se comum e normal e a possibilidade de apontar os negros é duas vezes maior que os brancos. As mortes também representam um racismo fundamentalmente de alto nível neste país que não reconhece os mesmos direitos para todos os cidadãos.

Entre as razões para a fúria dos negros norte-americanos e a falta de confiança em relação ao sistema judicial geralmente refere-se aos julgamentos dos policiais que mataram os negros, mesmo com provas claras, estão livres de qualquer punição e eles são absolvidos. O Conselho Superior dos Estados Unidos, o Grande Jurado do Texas, em fevereiro 2015 absolveu um policial que matou um jovem negro desarmado. A delegação oficial de polícia de Houston nos Estados Unidos não se declarou culpado o Juventino Castro que tinha sido acusado de assassinar um jovem negro, de 26 anos. Castro em janeiro passado disparou contra o jovem afro-americano, o Jordan Becker, enquanto observava uma janela. A absolvição do agente da polícia dos EUA causou a fúria das pessoas e ativistas de direitos humanos.

Wilson Varon, oficial branco matou o jovem negro Michael Brown, de 18 anos, e outro oficial, Daniel Pantaleo, matou o Eric Garner em Nova York. Ambos os agentes foram liberados logo após a cometer seus crimes. Barack Obama, o primeiro presidente negro da história dos Estados Unidos durante sua campanha eleitoral, em suas palestras, admirou repetidamente medidas e o sonho de Martin Luther King para acabarem com a discriminação nos Estados Unidos e até mesmo usada cartazes com a imagem Luther king em seus comícios. Obama tinha prometido que se ele ganhasse a eleição presidencial, iria melhorar a situação dos direitos humanos das pessoas de cor nos Estados Unidos, mas os incidentes que ocorreram durante oito anos da sua presença na Casa Branca até agora mostram que, na prática falhou em estabelecer uma medida de influência para acabar com a discriminação neste país.

Sociedade dos Estados Unidos ao longo dos últimos dois séculos é caracterizada por uma série de atitudes racistas e, em conjunto, a "Casa Branca" é o pico de pensamentos racistas dos fundadores da comunidade política do país norte-americano. A morte de mais de dez milhões de índios americanos por cidadãos brancos, ao longo dos últimos dois séculos, indica a existência de um pensamento claramente de supremacia racial neste país e este pensamento a cada dia torna-se mais institucionalizado. Uma revisão analítica das condições raciais nos EUA mostra que o país está em uma situação social perigosa, que pode orientar a sociedade heterogênea norte-americana para outra guerra de "desconexão". Pode-se acrescentar que a Casa Branca está no pico do símbolo de racismo nos Estados Unidos por atitudes como a recusa de entrada ao edifício presidencial as pessoas afro-americanos.

Os protestos dos negros nos Estados Unidos contra a propagação do fenómeno nocivo do racismo e assassinato de pessoas de cor são considerados o primeiro ato contra estes flagelos, de fato, no futuro, se desenvolveu com mais violência.

Durante os últimos dois séculos, os Estados Unidos enfrentam uma série de protestos contra a matança dos negros, no entanto, recentemente, o movimento de protesto tomou forma política. Embora Washington nunca permitisse que as pessoas de cor, especialmente afro-americanos, tivessem formado uma organização para combater o racismo, espaço virtual tem dado mais oportunidades para os negros para protestar contra o novo fenómeno do racismo nos Estados Unidos.