Set. 10, 2016 00:03 UTC
  • A violação dos direitos humanos de ilusão à realidade

A liberdade da posse e venda de armas põe em perigo a vida dos cidadãos e esta questão é um dos principais desafios enfrentados pelos Estados Unidos.

Embora o debate sobre a liberdade ou a proibição da venda de armas de fogo se observa por diferentes níveis dos políticos dos EUA, porventura  o benefício do comércio de armas importa mais do que a vida e a segurança dos cidadãos.  Estes dias, Chicago, que pertence ao Estado de Illinois e está envolvido em conflitos e diverso incidentes de tiroteios de rua, tem testemunhado vários tiroteios entre cidadãos e policiais. Conforme relatado pelo jornal Chicago Tribune, somente no sábado 27 de agosto (menos de 24 horas) até a manhã do dia seguinte, três pessoas foram mortas e pelo menos 23 ficaram feridas em tiroteios. Entre os mais recentes atos violentos latais, o sábado 27 de agosto, em oeste de Chicago em 20 minutos apenas duas pessoas foram mortas e cinco pessoas ficaram feridas. Em um incidente, um homem de 38 anos na rua quinta depois de estacionar o seu carro enfrentou cinco agressores, um deles atirou na cabeça. A vítima caiu de costas num poço de água bem perto da estrada em uma cena muito horrível que provocou uma reação emocional das pessoas na área que é conhecido como um bairro tranquilo e longe da violência.  Apenas 20 minutos antes do incidente seis pessoas foram assassinados durante dois ataques no oeste de Chicago. Neste tiroteio, um homem de 30 anos de idade, foi ferido na cabeça que causou sua morte. Durante o tiroteio, uma mulher de 18 anos e um homem de 25 anos de idade foram feridos com balas. Em outro incidente violento, três pessoas  estavam no bairro de Chicago jovem Dill, na Rua Arthington, Oeste, quando um indivíduo os atacou com uma pistola. As vítimas foram feridas. Em outro exemplo da violência em Chicago, um homem de 32 anos e uma mulher de 26 que receberam disparo de bala no peito e outro homem de 27 anos foi baleado no rosto e nas pernas.        

À tarde do Sábado 27 de agosto, também três pessoas que estavam na Rua Rodas do Sul foram agredidos. Essas pessoas estavam envolvidas em uma disputa verbal com outros dois homens quando de repente um deles atirou neles. Um homem de 19 anos foi morto por um tiro na cabeça e outros foram baleados na coxa e no pescoço, respectivamente.  Além destes incidentes mortais, outros incidentes em diferentes áreas de Chicago deixaram um número de feridos. Às três da manhã de domingo, 28 de agosto, uma pessoa atirou contra três homens na “South Green Street”. As 04h25min daquele dia, um desconhecido disparou a um homem de 34 anos de idade no bairro de sul de Chicago bonita na Rua Cadwell.  No sul da cidade de Chicago também ocorreram dois incidentes separados nas primeiras horas do domingo nos quais dois homens foram atacados. Uma das vítimas desse fato, disse que o atacante queria roubar e apesar de obedecer ao que pediu, o agressor disparou contra ele. No sábado, 27 de agosto, um homem de 20 anos foi baleado no bairro de Englewood. Neste mesmo dia, um homem de 50 anos, foi objeto de agressão armada de assaltantes em West Garfield Park. No Sábado à noite também um homem de 19 anos foi baleado no oeste da Pullman. Quase ao do mesmo tempo foram baleados um homem de 20 anos e outro de 28 anos de idade na Garfield Park East. Quase 15 minutos antes do incidente no Oriente Garfield Park, um menino de 16 anos e uma jovem de 23 anos foram baleados. Além disso, no sábado à noite foram mortos dois homens de 18 e 20 anos de idade no subúrbio de Woodlawn. Naquela mesma noite, um homem de 33 anos se enfrentou um atacante em West Town. Este atirador disparou na cabeça, braços e pernas da sua vítima que sobreviveu apesar de ferimentos graves. Embora estes atos violentos tivessem sido ocorridos recentemente, desde o ano passado as manchetes de jornais no Chicago denunciam a discriminação racial pela polícia. Há pouco tempo, sete policiais locais foram demitidos por seu envolvimento com a morte de um adolescente negro.  Chicago, durante os últimos meses, testemunha a realização de protestos e manifestações contra as medidas de polícia. O comportamento bárbaro dos agentes locais contra os moradores desta cidade, especialmente os negros, durante os últimos seis anos, tem atraído à atenção da grande mídia no mundo. Devido às informações que recentemente foram revelados, os oficiais da Polícia do Estado de Chicago durante os últimos seis anos desde 2010 a 2015, assassinaram 92 pessoas e feriram outras 170, resultante de disparo de armas de fogo. Estas estatísticas indicam que a polícia de Chicago, a cada cinco dias disparou contra uma pessoa. Esta informação é revelada após um levantamento de todos os disparos da polícia em Chicago entre 2010-2015 que tenha recolhido o jornal "Chicago Tribune". A polícia nesta cidade, esses seis anos, em 435 casos de tiroteios, tem ao menos disparado 2623 balas contra as pessoas comuns, por sua vez, os cidadãos dispararam 262 balas.          

Segundo o mesmo relatório, em todo o ano de 2015 foram relatadas 2.988 vítimas de tiroteios na cidade, uma marca que seguramente será superada em 2016. 

Chicago tem sido duramente atingida pela violência e ações policiais polemicas que continuou ao longe de 2016. De acordo com estatísticas oficiais, mais de 2.600 pessoas foram vítimas de tiroteios na cidade, principalmente nos distritos do sul e oeste, informa a agencia EFE.  Com 463 assassinatos no final de agosto, Chicago apontou para uma nova marca de homicídios desde 1997, quando 761 pessoas foram mortas na cidade. De cada cinco pessoas que foram baleados pela polícia, quatro foram  homens negros e metade dos oficiais da policia em Chicago tenham participado no tiroteio contra os negros nesta cidade.   80 de 262 pessoas que foram baleados são descendentes africanos, entre 35 a 14 por cento foram de origem latina e apenas 6 por cento dessas pessoas são brancos norte-americanos. Embora o número de tiroteios fossem 107 casos em 2010 e diminuísse em 44 casos em 2015, mas a violência policial em Chicago seria superior em ralação a outras cidades norte-americanas como Los Angeles, Nova York, Houston e Filadélfia. Tais tiroteios ocorreram no sul e oeste de Chicago, áreas da atividade contrabandista, o tráfico de drogas, onde vivem muito pobres. 

Esses estudos mostram que a polícia está envolvida em casos de violência. Em todos estes casos, a polícia de Chicago para justificar suas ações brutais, tem descrito que era necessário o uso da força e de armas de fogo. A Liberdade de porto e venda de armas põe em perigo a vida dos cidadãos e esta questão é um dos grandes desafios dos Estados Unidos. Embora o debate sobre a liberdade ou a proibição de armas de fogo seja observada em diferentes níveis políticos dos EUA, o que parece é que o benefício do comércio de armas importa mais do que a vida e a segurança dos cidadãos.  Portanto, segundo a Declaração universal dos direitos humanos, um dos direitos mais óbvios e importantes dos cidadãos é o direito à vida e os governos são obrigados a colocar como uma prioridade nos seus programas e políticas a proteção dos direitos humanos dos seus cidadãos. Mas, aparentemente, os interesses económicos e os benefícios da compra e venda de armas é preferível a todos os direitos humanos.     

Desde 2008 até agora, os lucros das empresas produtores de armas nos EUA aumentaram mais de 40 por cento. Os especialistas deste cenário também preveem que os líderes empresariais, muitas vezes dependem do governo dos EUA e tentam continuar este processo até 2021. Um membro sênior de um dos institutos de pesquisa de defesa dos EUA, Gay Anderson, em um relatório escreve: "Ocidente durante anos tem escolheu o fortalecimento do comercio das armas" como uma abordagem de base para a obtenção de interesse. As evidências mostram que 10 empresas produtoras de equipamento militar que alcançaram os maiores ganhos com a venda de seus produtos em diferentes guerras, são norte-americanas. No topo das principais empresas que produzem e vendem equipamento militar que receberam os maiores ganhos nos últimos anos está situada à empresa "Lockheed Martin" dos Estados Unidos com 72,2 mil milhões de euros, seguido da empresa norte-americana "Boeing", com 23,8 bilhões de euros em 2012.

No entanto, o mais lamentável é que a violência nas ruas e ataques com armas de fogo são executados não somente por cidadãos comuns, como a resposta violenta da policia arrasta mais pessoas. Estes confrontos são mais, quando se trata de afro-descendentes e revelam o ódio racista latente dos brancos contra os negros, os sistemas de escravidão e de supremacia branca contra os negros nos últimos anos. Parece que slogans filantrópicos dos políticos e funcionários norte-americanos e da adoção da Declaração dos Direitos Humanos não causou muito impacto humanitário nos Estados Unidos sobre a eliminação da discriminação entre os diferentes grupos da sociedade, bem como o princípio da igualdade ainda não foi compreendida pelos norte-americanos.

 

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