Especial com o motivo do dia de Tasua
Imam Sadiq (a paz seja com ele), um dos bisnetos do profeta do Islã, diz: "o dia Tasua (o nono dia de Muharram) é o dia em que Deus está satisfeito com Imam Hussein (a paz esteja com ele). Ele e seus companheiros estavam sedentos em Karbala. As tropas do inimigo os cercavam e o Ibn Marjane e Omar ibn Saad ficaram satisfeitos e consideraram Imam Hussein e seus seguidores fracos, estando seguros de que ninguém iria ajudar o Imam Hussein e seus companheiros”.
Embora o levante glorioso do Imam Hussein contra a tirania tivesse ocorrido no décimo dia de Muharram em 61 Hégira lunar em Karbala, mas vários eventos aconteceram, nos dias antecedentes que também foram relevantes durante o levante e o movimento do Imam Hussein.
Estamos na véspera do aniversário da epopeia de Ashura, quando as ações do governo corrupto de Yazid ibn Moawieh levaram Hussein ibn Ali e seus companheiros a fazer um levante histórico. Um dos dias mais importantes no processo de formação do levantamento de Ashura ocorreu no dia anterior, chamado "Tasua".
O Imam al-Hussein (A.S.) e seus companheiros passaram aquela noite em oração, súplicas e leitura do Alcorão Sagrado... durante toda a noite.
No dia de Tasua, houve uma série de incidentes importantes revelando que uma batalha seria desencadeada entre as tropas de Yazid e Omar ibn Saad e de Imam Hussein sem qualquer compromisso e reconciliação e a guerra aconteceria no dia seguinte, o décimo dia de Muharram ou chamado "Ashura".
O Imam Sadiq (a paz esteja com ele), um dos bisnetos do profeta do Islã, diz: "Tasua é o dia em que Deus está satisfeito com o Imam Hussein (a paz esteja com ele) e seus seguidores. em Karbala. as tropas cercaram o acampamento do Imam. Ibn Amr ibn Saad Marjane estava feliz pensava que a tropa do Imam Hussein e seus seguidores estavam fracos, e tinha certeza de que ninguém iria ajuda-los”.
Imam Hussein, embora sentisse que dar voto de fidelidade a Yazid ibn Muawiyah era uma desonra, não queria envolver o seu povo em uma guerra em que, com certeza, muito sangue seria derramado.
Por outro lado, Omar ibn Saad, o comandante da tropa Yazid, conhecendo a firme postura de Imam Hussein, o mesmo que o Profeta buscou de qualquer forma o juramento de Imam Hussein. O Imam, em uma reunião com Omar ibn Saad, informou-o sobre as terríveis consequências de seu trabalho ao serviço do tirano Yazid e proibiu-o de participar das guerras e do assassinato da família do Profeta.
Ele disse: “Ó filho de Saad, você quer me combater? Não teme a Deus já que tu retornarás a ele? Você sabe de quem eu sou filho? Porque não está comigo? Deixe estes homens, saiba que isso e mais virtuoso para Deus.” Omar ibn Saad disse: “Tenho medo de que eles destruam a minha casa”. “Eu a construo para você” disse o Imam. “Tenho medo deles de que eles peguem as minhas riquezas e fazendas”, disse Omar. “Eu te dou outras melhores do que essas que possue no Iraque”, disse o Imam. “Tenho família em Kufa e temo que Ubaydillah ibn Ziyad mate todos eles”, respondeu mais uma vez Omar. E quando o Imam al-Hussein (A.S.) não tinha mais esperança com ele se levantou e disse: “O que tens? O seu destino proscrito por Deus é ser sacrificado em sua própria cama e jamais será perdoado no dia do juízo final. Saiba que não conquistará os bens do Iraque, somente poucas coisas” Omar ibn Saad disse em tom de risada: “Basta um pouco de trigo em troca de combater-te”. O Imam Hussein precisou: “Juro por Deus não me entregarei à humilhação.... Em verdade, aquele que se julga como o príncipe dos fiéis, me colocou perante duas opções, entre a ameaça32 e a submissão, e saibam que estou além disso. Deus jamais deseja isso, nem seu Mensageiro e nem os fiéis. As bondosas, purificadas e pacientes almas jamais se entregam, nunca desejariam que déssemos preferência a obedecer aos egoístas no lugar de obedecer aos generosos”.
Omar ibn Saad, o soldado, que tinha sido encorajado pela oferta de receber o governo da cidade de Rey, insistiu que Hussein ibn Ali deveria jurar lealdade a Yazid ibn Moawieh, enviou uma mensagem ao governado de Kufe explicando a situação. Enquanto isso, com a chegada de um dos cruéis e ambiciosos comandantes do exército Yazid a Karbala, o Shemr ibn Zi al-Joushan, os preparativos foram concluídos para o início da batalha.
Quando a mensagem do Saad chegou a Ubaydillah ibn Ziyad, um de seus comandantes, Shemer ibn Zil Jaushan, estava sentado ao lado dele, Shemr disse a Ubaydillah: “Você aceitaria isso de Hussein, mesmo depois de estar em seu território. Juro que se ele se afastar do seu território e não colocar sua mão na sua com certeza merecerá ter a maior força e tu serás o mais fraco.”.
Quando o Shemr chegou a Karbala entregou uma carta de Obaidullah ibn Ziad, o governante de Kufa. Nesta carta, Omar ibn Saad recebeu ordens para obter o juramento de fidelidade de Hussein, caso contrário ele iria lutar contra ele. A Carta dizia: “Eu não te enviei ao Imam al-Hussein (A.S.) para deixá-lo, ou para ser piedoso com ele, ou para que dialogasse com ele. Saiba, se o Imam al-Hussein (A.S.) e seus companheiros se submetessem ao meu governo, então, os enviaria a mim, todos vivos e com segurança. Caso contrário mate todos, corte-os em pedaços, pois eles merecem isso. Se tu matar Hussein faça com que os cavalos pisoteiam seu peito e suas costas. Sei que isso não faz a diferença depois da sua morte, mas foi uma promessa que fiz a mim mesmo. Caso haja da forma que te ordenei lhe recompensaremos com a mais elevada das recompensas. Caso contrário se demita do seu cargo e dê o cargo a Shemer ibn Zil Jaushan, pois ordenamos o Shemer com isso”.
No entanto, Saad, que não queria perder o governo do Rey, anunciou sua decisão de atacar o exército de Imam Hussein. Shemr, em outra conspiração no dia de Tasua, tentou separar Abbas ibn Ali da liderança do Exército Imam Hussein.
Hazrat Abbas era o irmão, amigo fiel e valente do Imam e sua separação de Hussein ibn Ali, teria sido um perde grande para o movimento e o levante.
Shemer se aproximou do exército do Imam al-Hussein (A.S.) e gritou com a mais alta voz: “Onde estão Abbas e seus irmãos.” Ele não foi respondido. O Imam al-Hussein (A.S.) ordenou que respondesse ele mesmo ele sendo um traidor e pecador. Abbas se aproximou com seus irmãos e disse: “O que quer?” Shemer disse a eles: “Vocês estão em segurança. Não morram junto com Hussein e sejam fiéis às ordens do príncipe dos fiéis Yazid ibn Mu´awiyah.”. Abbas o respondeu: “Que Deus te amaldiçoa e a sua proposta. Tu nos ofereces a segurança e o filho do Mensageiro de Deus não a possui? Você nos ordena a obedecer aos amaldiçoados por Deus e seus filhos?... Que Deus te amaldiçoe, eu te convido para o paraíso e tu me convidas ao inferno! E você quer que eu deixe aquele que Deus me criou pela causa dele?”.
O Imam al-Hussein (A.S.) começou a se preparar para o confronto final. Ele juntou as tendas em formato de uma lua nova e todos fizeram uma grande cratera por trás das tendas, colocando fogo nela. Isso para que ele e seu exército enfrentassem o inimigo de uma direção somente, pois o deserto de Karbala é um deserto bem aberto sem montanhas ou locais fechados.
O Imam al-Hussein (A.S.) e seus companheiros passaram aquela noite em oração, súplicas e leitura do Alcorão Sagrado... Durante toda a noite. O Imam al-Hussein (A.S.) juntou seus companheiros e disse: “Estou imaginando o nosso dia amanhã com estes inimigos. Todos vocês estão autorizados a irem e saibam que não terei nenhuma queixa contra vocês. Esta noite irá cobri-los, então aproveitem ela e vão cada um de vocês leve um homem de minha família. Que Deus lhes recompense da melhor forma. Vão às vossas cidades, pois o inimigo me quer e se me pegar não irão prossegui-los”. Então seus irmãos, filhos e sobrinhos disseram: “Porque faremos isso. Para vivermos sem você? Que Deus jamais nos dê isso”.
Quando o Imam al-Hussein (A.S.) viu a verdadeira imagem de todos eles, e a pureza em suas intenções, tudo pela causa de Deus, informou a todos sobre o que enfrentariam no dia seguinte:
“Ó povo, irei ser assassinado amanhã e todos vocês irão ser massacrados junto comigo, e não sobrará nenhum de vocês”.
Então, todos falaram ao Imam: “Louvado seja Deus por ter nos agraciado com a vitória e por ter nos dado a honra de sermos massacrados junto contigo. Você gostaria que estivéssemos ao seu grau no paraíso, ó filho do Mensageiro de Deus?” O Imam (A.S.) disse: “Que Deus lhes recompense com a melhor das recompensas”.
Os companheiros do Imam al-Hussein (A.S.) permaneceram firmes até o final e jamais o deixaram.