Set. 18, 2018 15:39 UTC
  • A manifestação do Alcorão Sagrado na Revolta do Imam Hussein (AS) (8)

Pars Today- Bem-vindos à 8ª edição desta série “Manifestação do Alcorão Sagrado na Levante do Imam Hussein”.

Hoje no 8º dia de Muharram, a sede tornou-se aguda, especialmente entre as crianças e mulheres do campo sitiada de Imam Hussein (AS) em Karbala, seguindo o corte de todo o acesso ao rio Eufrates pelas forças de omíadas no dia anterior e a pequena porção de água armazenada que tinha sido trazida por valentes esforços do corajoso irmão do Imam, Hazrate Abbas ibn Ali (AS) durante a noite em virtude de uma ousada invasão no rio fortemente vigiado.

O neto do profeta Mahammad (bênçãos de Deus sobre ele e seus descendentes) ordenou a escavação de um poço a cerca de 20 degraus do acampamento, e água doce jorrada do solo que permitiu matar a sede e armazenar um pouco de água.

Ao ouvir esta notícia em Kufa, Obaidullah ibn Ziyad, o tirânico governador do Iraque que era um inimigo declarado da Casa abençoada do Profeta, escreveu ao comandante de suas forças, Omar ibn Saad, para assegurar que Imam Hussein (AS) não devesse ter acesso a nenhuma fonte de água e devesse ser reduzido a uma sede aguda, até que ele reconhecesse o domínio ilegal do Yazid libertino sobre a Ummah muçulmana.

O inimigo preparou-se para a guerra enquanto o Imam, pronto aproximava cada vez mais ao seu destino que era enfrentar o martírio, se ocupou em adoração a Deus e admoestações. Os poucos seguidores fiéis do Imam Hussein (AS), eram tão destemidos quanto seu mestre, e não tinham medo de nada, uma vez que sua fé era baseada na certeza e confiança na imortalidade de sua insurreição, eles esperavam a felicidade eterna do paraíso, de acordo com os ensinamentos do Alcorão Sagrado. 

Para eles, Imam Hussein (AS) era o Alcorão Vivo ou o Alcorão em ação através de suas palavras e ações.

Ele era o modelo por excelência de virtude, e não apenas ensinou como viver a vida de retidão e contentamento, mas mostrou o caminho para a morte em glória para as gerações vindouras, conforme os mandamentos de Deus Todo-Poderoso no sagrado Alcorão.

O Imam era a verdade personificada enquanto seus inimigos eram personificação da falsidade, corrupção e opressão.

A este respeito, em versículo 17º da Surata Raad, Deus compara a justiça à água e a falsidade à escória:

“Ele faz descer a água do céu, que corre pelos vales, mesuradamente; sua corrente arrasta uma espuma flutuante. Também (os metais) que os homens fundem com afã, no fogo, para fabricar utensílios e ornamentos, produzem uma espuma semelhante. Assim Allah evidencia o verdadeiro e o falso. A espuma desvanece-se rapidamente: o que beneficia o homem, porém, permanece na terra. Assim Allah exemplifica (os fatos).

Imam Hussein (AS) lançou sua Revolta na base firme do mandamento de Deus no Alcorão Sagrado em prol da justiça social, enfatizando o incentivo ao bem e à proibição do mal. Isso foi um anátema para os tiranos e os malfeitores.

Omar ibn Saad, o comandante das forças do mal omíada, estava cego perante a verdade e apesar dos conselhos e admoestações do Imam não conseguiu perceber que estava em erro total. Pelo amor das riquezas transitórias e prazeres do mundo mortal, ele vendera sua alma à morte por obedecer às ordens de Yazid e Obaidollah ibn Ziyad de matar o Imam do seu tempo, sobre a falsa promessa de governo de Rei no Irã, dado por Obiedollah.

O grande erudito Shaikh Mofid, escreve no seu famoso livro "al-Irshad" citando uma pessoa chamada Zahhak ibn Abdullah que quando o exército de ibn Saad chegava a Karbala e cercava o acampamento do Imam Husain (AS) recitou os versículos  178 e 179 da Surata Al-Imran, na qual Deus Todo-Poderoso diz:

“Que os incrédulos não suponham que o descanso que lhes concedemos seja bom para as almas deles: nós lhes damos trégua apenas para que possam aumentar em pecado, e há um castigo humilhante para eles.”

"Allah não deixará os fiéis em seu estado atual, até que Ele tenha separado os maus do bem."

Após o martírio de Imam Hussein (AS), quando sua irmã Zainab (que a paz esteja com ela) foi levada para a capital omíada em Damasco na Síria como cativa, junto com as mulheres e filhos da Casa do Profeta, ela corajosamente confrontou o tirano Yazid e recitou essas mesmos versículos 178 e 179 de Al-Imran, e disse: Você se alegra hoje, e pensa que matando o Imam, se tornou vitorioso e poderoso, mas na verdade, você cometeu um pecado fundamental cuja carga pesa sobre sua alma. Tenha certeza de que uma punição terrível espera por você. Você ignora a Palavra de Deus no Alcorão, que diz:

“Que os incrédulos não suponham que o descanso que lhes concedemos seja bom para as almas deles: nós lhes damos trégua apenas para que possam aumentar em pecado, e há um castigo humilhante para eles.”

 

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