Fev. 29, 2016 21:17 UTC
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IRIB-Saudações a todos os nossos queridos ouvintes. Estamos de volta com mais outro capítulo da série “Panorama Poesia da Revolução”, esperamos que seja do vosso agrado.

Hoje, vamos dedicar a detalhar uma das peculiaridades da poesia da Revolução, que é o retrocesso dos poetas revolucionários às formas e métricas tradicionais, especialmente a poesia lírica tradicional iraniana.

As odes e líricas são os gêneros mais comuns nas composições dos poetas da chamada geração da revolução. Seria necessário para a nossa analise, fazer um estudo comparativo entre lírico revolucionário e o mesmo gênero antes da revolução islâmica no Irã.

Em primeiro lugar, deve salientar que a tendência para as odes e líricas depois da revolução têm crescido consideravelmente entre a geração nova de poetas.

Nestes anos, muitos jovens poetas têm tentado desenvolver de novo a poesia lírica. Eles desenvolveram um gênero da lírica chamada lírico-épica, uma composição que existia no passado e após a revolução, e sob a influência do contexto político da época, ela se tornou como uma nova tendência no campo da poesia contemporânea.

Nos anos anteriores da revolução a poesia lírica não era muito popular entre os poetas, poucos deles como Mohammad Ali Bahmani, Hossein Monzawi e Manuchehr Neiestani compuseram este gênero poético.

A lírica moderna diferencia claramente pela linguagem e conteúdo e os poetas têm se preocupado com a unidade temática e interligação do conteúdo do corpo inteiro da composição, parecido ao estilo da poesia de Nima que respeitava certa lógica desde inicio, no meio e até o final. Enquanto anteriormente, cada verso da lírica iraniana continha um tema independente.

As novas gerações de poetas se dedicavam a lírica pela sua capacidade e a riqueza de conteúdo místico e a sua espiritualidade, através deste gênero eles poderiam transmitir as suas sensações e ao mesmo tempo fazendo uma inovação, isto aumentou o número de poetas que compuseram poesia lírica.

Os jovens poetas revolucionários tentaram apresentar uma imagem inovadora da poesia lírica, criando três vertentes líricas: a lírica neoclássica, a lírica neoclássica moderada e a lírica neoclássica baseada pela combinação.

Entre os pioneiros da lírica neoclássica, nos anos após a revolução podemos mencionara Bahmani, Neiestani e Monzawi que, juntamente com os jovens poetas como Soheil Mahmudi promoveram esta vertente e apresentaram obras bem sucedidas desta nova geração da poesia.

Há duas importantes obras de poesia lírica neoclássica é, a coleção nomeada "Às vezes tenho a minha saudade" que foi publicado em 1990, por Mohamad Ali Bahmani e também a obra de Soheil Mahmudi intitulado "Capítulos amorosos”.

A poesia lírica neoclássica foi uma tendência mais utilizada pelos jovens poetas da geração da revolução. Ela se desenvolveu rapidamente, numa nova forma mais moderada, a qual era influenciada por poesia moderna, pela sua frescura e dinamismo e também ter se mantiver certos vestígios dos clássicos.

Os poetas como Qeisar Amin-pur, Hassan Hosseini, Hossein Esrafili, Salman Harati, Fatemeh Rakeei, Abdol Jabbar Kakaei e Zohreh Narenji são os pioneiros neste gênero da lírica neoclássica moderada.

Outro aspecto marcante na lírica neoclássica moderada é o uso de figuras literárias.

Atenção à estrutura natural da linguagem e uma expressão sincera, são entre as outras características importantes deste tipo de lírica.

O poeta para estabelecer uma relação afetiva com o seu interlocutor, frequentemente utiliza expressões populares.

Nos primeiros anos após a revolução paralelamente as duas vertentes citadas, surgiu outra forma da poesia lírica neoclássica que se baseava pela combinação. Nasrol Allah Mardani, Ahad Deh-bozorgui e Mohammad Reza Qanbari, são os poetas que mais desenvolveram este gênero poético.

Queridos amigos, na próxima edição vamos aprofundar mais as características e componentes de poesia da revolução. Convidamos, desde já para estar conosco na próxima semana. Até lá.