Jun. 14, 2016 09:04 UTC
  • Panorama da poesia da Revolução

Saudações a todos os queridos amigos, que gentilmente estão acompanhando o nosso programa de “Panorama Poesia da Revolução”. Esperamos que possam apreciar desta conversa.

A poesia de guerra tem vivido com diferentes gêneros poéticos persas. Sabendo que o poeta da Defesa Sagrada tem experimentado modos variados a fim de expressar os seus pensamentos, ideias e sentimentos.

Os jovens poetas, que mais tarde se tornaram personalidades literárias conhecidas e até bem sucedidas, tinham criado os seus primeiros poemas do gênero de Defesa Sagrada, e em particular no período da guerra contra o Iraque, recorrendo aos modos modernistas e inspirados por poesia moderna. Estes poemas têm uma estrutura narrativa e normalmente muita longa e ainda prematura devido às circunstâncias especiais do início da guerra.

Qeisar Amin-Pour, Mohammad Reza Abd al-Malekian, Salman Harati, Alireza Qazweh e também Mohammad Hossein Yafariyan são entre os inesquecíveis no cenário da poesia da Defesa Sagrada.

O principal tema e a preocupação do poeta, neste período era tratar assuntos da guerra, martírio e sacrifício, elogiando a epopeia dos combatentes e os seus sacrifícios, convidando os outros a resistir e continuar na luta, com base em valores e pensamentos religiosos, confrontar os contra valores, e vincular a Defesa Sagrada com as outras nações muçulmanas, especialmente aos palestinos, são os temas escolhidos na poesia moderna da Defesa Sagrada.

Nos últimos anos do período da Defesa Sagrada foram compostos com muita frequência, poemas modernos muito curtos e influentes, parecidos com "Haiku" uma espécie de poesia japonesa. Este tipo de poesia foi composto no estilo de poemas de Nima ou em versos livres e irregulares.

Nos segundo e terceiro anos da guerra surgiram outras métricas poéticas como as quadras e curtos, com um ritmo harmonioso e musical, pouco a pouco se tornaram muito popular e comum dentro do gênero da poesia da guerra.

Desde o início da guerra, as quadras tiveram muitos altibaixos.   

Qeisar Amin-Pour e o falecido Dr. Hassan Hosseini são entre os poetas bem sucedidos em compor as quadras da poesia de guerra.

Uma das características importantes das quadras de poesia da guerra é que, o poeta não ficou refém das complicações lexicais e semânticas. Quadras afetivas, simples, fluida e livre de ornamentações poéticas, mesmo utilizando uma linguagem simbólica e alegórica, são conceitos muito familiares.

Casida é outro tipo de composições utilizadas nos poemas de Defesa Sagrada. Para todos os pesquisadores, a era atual é considerada o tempo de declínio de odes ou casidas, pois este tipo de composição é geralmente usado para louvor às personalidades conhecidas e poderosas.

No entanto, se estudarmos a evolução da casida, percebemos que este gênero tem conseguido em alguns períodos e momentos experimentar novos espaços e aproveitando dos remas sociais, políticos, morais e até mesmo místicos.

Durante a Defesa Sagrada a tendência pela casidas, foi principalmente entre as personalidades renomadas de uma geração que vivia antes da revolução. Hamid Sabzwari, Mehrdad Awesta, o Shahriyar, Mahmud Shahrokhi e Sepideh Kashani são os poetas que mais trabalhavam com estilo de casida no período de Defesa Sagrada.

Os tópicos abordados na casida, em oito anos da guerra, foram à guerra santa (jihad), o martírio, a liberdade, sacrifício e também o louvor às personalidades relevantes como o Imam Khomeini, tudo baseado na cultura islâmica.

Entre os gêneros poéticos clássicos da poesia persa, nenhum é tão variado e livre em rima como o gênero de Masnavi, onde o poeta tem a liberdade de expressar o que deseja e sem qualquer preocupação apresenta as ideias aos seus leitores. Alguns poetas no período da revolução, para expressar extensos acontecimentos da guerra, utilizavam o gênero de Masnavi.

Ali Moallem com uma retorica clássica e uma métrica específica, com base na rica cultura islâmica e simbolicamente e o Ahmad Azizi, audacioso e uma linguagem franca, são poetas que mais desenvolveram o gênero de Masnavi no período da defesa santa. Outras figuras como Qader Tahmasbi, Mohammad Hossein Yafariyan e Hossein Esrafili também criaram coleções marcantes cujos temas eram a memorial de martírio dos comandantes da guerra, deixaram um marco na evolução da Masnawi.

O lírico é outro gênero que também foi amplamente utilizado na poesia da Defesa Sagrada, e desde então sempre foi ao serviço de valores, ideais e sentimentos da geração revolucionaria.  A combinação da mística com a epopeia na lírica e a sua ligação com a cultura islâmica, são visíveis claramente, através de certa moderação e ao mesmo tempo violência nestes poemas.

O ambiente lírico é delicado que expõe uma interação interna, o louvor estético e as grandezas interiores e exteriores, e ao mesmo tempo no seu espaço épico, reflete a guerra, sangue e a morte.

As condições especiais dos anos de guerra reuniram estes aspetos de delicadeza da alma e firmeza dos movimentos nos poemas.

Poesia lírica da Defesa Sagrada, tanto durante a guerra como depois da guerra tem sido um gênero consistente e coerente que mais brilhou entre os gêneros da defesa sagrada.

Estes anos, tinham sido servido como palco de amadurecimento e expor a capacidade e o poder de poeta. Na opinião do Dr. Sangari, um pesquisador da poesia da Defesa Sagrada "nenhum gênero poético como lírico conseguiu refletir a poesia da revolução e da Defesa Sagrada".