Mar. 03, 2016 08:36 UTC

Vamos fazer um analise sobre alguns trechos da carta do líder da revolução islâmica do Irã enviada aos jovens ocidentais. Na primeira parte revemos o conteúdo desta carta.

O Líder da Revolução Islâmica encaminhou a sua segunda carta, sincera e despertadora, destinada à juventude ocidental.

Aiatolá Khamenei, há quase de dez meses, na sequencia de intensificar a onda de islamofobia no Ocidente, em uma ação inédita, escreveu uma carta aberta à juventude ocidental, na qual a convidou para um livre pensamento e compreensão do Islã. Nesta carta histórica, ele pediu-lhes recorrer às fontes genuínas do Islã, como Alcorão Sagrado e os ensinamentos do Profeta e estuda-los pessoalmente, sem ter influenciado por informações que a mídia tem insinuando sobre o Islã e os muçulmanos.

Logo após as recentes ações terroristas na França, aiatolá Khamenei, mais uma vez como um dos maiores líderes religiosos do mundo, tende chegar à mensagem justa e libertadora do Islã aos jovens ocidentais, independentemente a propaganda de gigantes imprensas mundiais.

Aiatolá Khamenei em referencia aos incidentes terroristas que tinham acontecido em Paris, bem como em outras partes do mundo, disse, "quem tenha um mínimo senso de compaixão, quando ter visto estas cenas, ficaria afetado, tanto estes incidentes pudessem sendo ocorrido na França, na Palestina, Iraque e no Líbano ou na Síria. Seguramente, um e meio bilhões de muçulmanos sentem o mesmo e se repudiam aos autores destas atrocidades. Mas a questão é se hoje estes sofrimentos não sejam motivo para criação uns futuros melhor se tornarão somente como memórias amargas e infrutíferas. Creio que apenas vocês, jovens, ao tirar lição destas atuais adversidades, serão capazes de encontrar novas maneiras de construir o futuro e impedindo os desvios que têm levado o Ocidente ao ponto atual”.

Em 13 de novembro de 2015, uma serie de ataques terroristas coordenados abalaram a cidade de Paris, causando a morte de 130 pessoas e 368 foram feridas, logo a seguir na França foi declarado estado de emergência. Esses ataques após a segunda guerra mundial são considerados os incidentes mais mortais que têm acontecido na França.

Após estes atentados, o grupo terrorista de Daesh reivindicou a autoria dos ataques, e mais uma vez a mídia ocidental, sem a menor referência para a natureza deste grupo terrorista, bateram no tambor de islamofobia, apontaram o ponto de suas setas para os muçulmanos. Os mesmos muçulmanos que são as principais vítimas do terrorismo por muitos anos nos países islâmicos e nunca são ouvidos os seus gritos neste universo de engano e hipocrisia.

Enquanto a sociedade ocidental está enlutada e abalada por atentados de 13 de novembro na França, a mídia não se divulga nenhuma noticia sobre o apoio inabalável dos EUA e os governos ocidentais ao grupo terrorista de Daesh.

Aiatolá Khamenei menciona o terrorismo como um dor comum entre Oriente e Ocidente, dirigindo aos jovens e escreve: “no entanto, existem duas grandes diferenças entre a ansiedade e a insegurança que vocês têm experimentado nos recentes acontecimentos e o sofrimento que o povo do Iraque, Iêmen, Síria e Afeganistão estão aguentando durante anos; o primeiro é que o mundo islâmico há muito tempo, em uma dimensão mais vasta, e mais densa está aterrorizado e vítima de violência; e o segundo, é que infelizmente, essa violência foi apoiada fortemente, por algumas das grandes potências através de efetuar várias práticas...”. O líder supremo logo a seguir se refere ao evidente papel dos Estados Unidos na criação, fortalecimento e armação do Al-Qaeda, talibãs e as suas nefastas filiações, bem como a uma aliança entre Ocidente e os conhecidos Estados patrocinadores do terrorismo na região.

O Líder iraniano denunciou a atitude do Ocidente por seu duplo critério em encarar o movimento de despertar islâmico e a política contraditória ocidental na questão palestina e acrescenta: "se os povos da Europa alguns dias estão obrigados em ficar nas suas casas, se abstendo comparecer nos centros mais populosos e na comunidade, uma família palestina, há dezenas de anos mesmo na sua casa está segura e imune de destruição e matança da máquina mórbida do regime sionista, todos os dias as casas palestinas estão destruídas, os seus campos devastados, não tiveram oportunidade de recolher as suas pertences e mesmo produtos agrícolas, e todo isto está acontecendo à frente das lagrimas e olhos assustados de mulheres e as crianças, que estão testemunhas o ferimento de membros da família e em alguns casos, movendo-os para os tremendos centros de tortura...”. O líder supremo da Revolução Islâmica denuncia também o silêncio e a indiferença em relação a barbaridade e brutalidade deste regime.

Ele se refere a recente invasão dos Estados Unidos e os governos ocidentais ao mundo islâmico e o massacre de centenas de milhares de pessoas inocentes e a destruição das infraestruturas econômicas e industriais de outras nações, como outro exemplo da lógica contraditória e inconsistente do Ocidente e disse: "como pode deixar um país em ruínas e transformar cidades e vilarejos em cinzas e então lhes disse que não são injustiçados! Em vez de convidar à nação para a incompreensão ou esquecimento dos desastres, não seria melhor honestamente pedir desculpas? O sofrimento que o mundo do Islã enfrentou nos últimos anos da hipocrisia dos invasores, não é menos do que os danos materiais".

Após os acontecimentos de 11 de setembro, os Estados Unidos sob o pretexto de luta contra Al-Qaeda atacou o Afeganistão e Iraque e tem deixado mais de um e meio milhão de civis mortos, durante 14 anos, e as infraestruturas destes países foram destruídas.

Mas como foi criado o Al-Qaeda? O Ex-Secretário de estado dos EUA, Hillary Clinton em uma das reuniões no Congresso admitiu: "nós temos um passado comum com a organização de Al-Qaida. Aqueles que hoje estamos lutando contra eles no Afeganistão e Paquistão, há 20 anos, por causa da guerra contra a União Soviética foram criados por nos.».

Aiatolá Khamenei afirma, enquanto na visão dos patrocinadores de terrorismo, este fenômeno se divide em bons e maus, e até o dia em que os interesses dos governos sobrepõem aos valores morais, devemos procurar as raízes da violência no outro lugar.

Líder da revolução islâmica criticou a guerra midiática, branda e silenciosa do Ocidente contra culturas, e acrescentou: “Eu considero a imposição da cultura ocidental às outras nações e desprezar outras culturas independentes, como uma invasão silenciosa e prejudicial. A humilhação de culturas ricas e as ofensas às partes mais nobres destas culturas acontecem enquanto as culturas alternativas não tiveram capacidade de substituí-las”. “Ele mencionou a “agressão e promiscuidade” como principais componentes da cultura ocidental que estavam causando a degradação cultural mesmo entre os ocidentais” e continuou: "se nós não queremos uma cultura agressiva e vulgar sem fundamento, isto seria crime?" O líder da revolução islâmica com ênfase na necessidade de laços culturais baseados por respeito, considerou os laços culturais atípicos e impostos, sempre danosos.

Ele julga que o grupo terrorista de Daesh é resultado de conexões culturais heterogêneas, uma confluência entre as ideias colonialistas com um pensamento extremo e desprezível de uma tribo primitiva. Ele afirmou que se a origem do pensamento de Daesh fosse ideológica, deviam ser criados tais fenômenos antes de colonialismo no mundo islâmico, mas a história mostrou contrário.

Aiatolá Khamenei escreveu: "como é possível que de um das mais éticas e humanas escolas religiosas do mundo que no seu fundamento (o Alcorão) tirar a vida de um homem é considerado matar toda a humanidade, sair um desperdício como Daesh?”.

Ele no final da sua carta aos jovens ocidentais ressaltou: "Espero de jovens, com base em uma compreensão correta e profunda, aproveitando de experiência horrível do passado, construir fundamentos para uma decente e correta interação com o mundo do Islã. Neste caso, num futuro não muito distante, verão que a sua construção numa base sólida de tal edifício, espalhará a sombra de confiança sobre os seus arquitetos, proporcionando segurança e paz e um horizonte de esperança pelo universo".

A recente carta do líder da Revolução Islâmica do Irã, como a sua carta anterior teve grande reflexão e repercussão midiática no mundo. Embora o Twitter numa reação precipitada suspendesse as contas que tentavam divulgar esta carta, mas tais ações definitivamente mais entusiasmaram os jovens pelo assunto. A reação da juventude ocidental a esta carta também foi interessante, demostrou o nível de penetração das palavras despertadoras. Chris Eldridge, artista e ativista político nos Estados Unidos de Estado de Pensilvânia, depois de ler esta carta, escreveram: “esta é uma carta muito forte”. Tratou a origem do problema. A sua retorica é bonita e poderosa, sem idealismo. Esta carta procura esboçar novo planos de abster o massacre e morte. Isso é algo que se deve ter dito em todos os lugares, mas parece não ser facilmente compreendido pelo publico. Esta carta, claramente, define que a paz e o respeito às pessoas, faz parte das crenças religiosas dos muçulmanos.

Na próxima edição iremos analisar outros aspetos desta carta e a sua reflexão.

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