Mar. 03, 2016 08:38 UTC

Na parte anterior tínhamos dito que na sequência dos incidentes terroristas em Paris, o líder da Revolução Islâmica do Irã o aiatolá Khamenei dirigiu a sua segunda carta aos jovens do Ocidente.

Nesta carta, os jovens foram chamados para fazer uma avalição e ponderar sobre questões importantes do mundo, que têm afetado fortemente o destino da humanidade e a paz global. O líder da Revolução Islâmica do Irã mencionou o terrorismo, como um dos fatores que mina a paz mundial, referindo também às outras raízes que levaram a criação de grupos que atuam contra a humanidade como Daesh e bem como outras organizações terroristas. Ele pediu à juventude ocidental para que tenha uma percepção e uma visão critica sobre os acontecimentos, pois, não se for influenciado simplesmente por falsas alegações dos meios de comunicação ocidentais, ou por seus políticos.

Por outro lado, apelou aos jovens para examinar as politicas ocidentais e do regime sionista para a região do Médio Oriente e o seu impacto sobre uma paz sustentável no mundo.

O líder da Revolução islâmica nesta carta expressa a sua preocupação sobre o futuro estado do mundo e apresenta soluções concretas para estabelecimento de uma paz sustentável no mundo. Ele escreveu: "para mim é lamentável que estes acontecimentos sejam a base para uma conversa entre nós, mas de fato se não procuremos solução para estes dilemas dolorosos, e ela não seja subjacente para um consentimento, os prejuízos seriam duplo e ainda maior".

Ele convida os jovens, a uma visão profunda, para contemplar e avaliar novamente as estratégias dos políticos e os seus pensadores, a fim de alcançar a paz e aos direitos humanos, e implicitamente se refere a não seguir os caminhos errados, que podem devastar o futuro do mundo.

O motivo de escolher os jovens, é que eles estão preocupados mais do que ninguém sobre o seu futuro no mundo contemporâneo, e devido à falta de interesses políticos e económicos, sinceramente podem procurar a paz. Por outro lado, estes jovens, podem ser os futuros políticos e formadores de opiniões no seu país e se pudessem ponderar corretamente, poderiam adotar soluções justas, pacíficas e humanas para a sua comunidade, dirigindo o nosso planeta em direção a um mundo livre de violência e repleto da paz.

É claro que o estabelecimento de uma paz duradoura na terra, é a principal condição para mantiver a nossa civilização e preservar a humanidade. Cada nação e ser humano, independentemente de raça, sexo, língua e crença tem um direito inerente de viver em paz. Respeitar este direito, junto com os outros direitos, seria benéfico aos interesses coletivos da humanidade, sendo uma condição inalienável ao progresso de todas as nações, pequenas e grandes, em todos os níveis e áreas.

Garantir a paz requer um esforço coletivo e uma política dos governos no sentido de eliminar qualquer ameaça contra a paz e acima de tudo enfatizar na realização dos direitos fundamentais e as liberdades de todos os seres humanos, baseada na Declaração Universal dos direitos humanos.

A concretização de direitos humanos nos seus variados aspetos seria uma pré-condição para a realização da paz, por outro lado, a realização destes conceitos requer um ambiente sereno e livre de tensão, estresse e conflito. Portanto, paz e os direitos humanos são interligados.

O estabelecimento dos direitos de liberdade, igualdade e fraternidade, será possível quando for criado um mundo sem violência, tensão, pobreza, tirania, injustiça e agressão. Enquanto os direitos e as liberdades fundamentais das pessoas não fossem alcançados, essencialmente a paz estabelecida seria transitória, artificial e demagógica.

Os políticos ocidentais, mesmo alegando defensores da paz mundial e ideais humanos, na pratica procuraram a guerra e belicismo e apoiando o extremismo e estão destruindo de fato as infraestruturas básicas e as possibilidades da vida, degradando a justiça e a igualdade e a realização dos direitos humanos para uma parte significativa das pessoas no Oriente Médio e nos países islâmicos. Estas medidas, sendo baseadas por descriminação, exclusão, agressão e extremismo, estão minando a paz mundial e uma vida e convivência pacífica.

Aiatolá Khamenei convida à juventude ocidental a avaliar estas contradições e o duplo critério nas políticas do Ocidente, nomeadamente nas questões de direitos humanos e as aspirações pela paz no mundo.

Uma das ações dos governos ocidentais é a agressão contra alguns países no mundo muçulmano, sob o pretexto de democracia e direitos humanos. Infelizmente, o efeito de extensa agressão do Ocidente contra países islâmicos, além das perdas humanas, foi à destruição de infraestruturas económicas e industriais destes países, impedindo o crescimento e desenvolvimento, e em alguns casos deixou estes países dezenas de anos atrasados.

Estas invasões e destruição dos governos ocidentais, não favoreceram a melhoria dos diretos humanos do povo, mas deterioraram os padrões da vida e o desenvolvimento de pessoas e criaram condições desiguais, privando o povo dos seus direitos básicos. Embora o resultado dessas invasões no Iraque, Afeganistão e Iêmen, fosse degradação e prejuízos humanos e materiais, mas os meios de comunicação ocidentais estavam tentando reverter os efeitos das realidades de hoje nesses países, impedindo o esclarecimento e compreensão destes fatos amargos. Neste sentido, o líder da revolução, dirigiu aos jovens e escreveu, ”espero que vocês, hoje e no futuro, possam corrigir e mudar esta mentalidade que a sua arte é criara decepção e ocultar os objetivos de longo prazo, adornando as intenções engenhosas e traiçoeiras”.

Sem dúvida, criar condições desiguais na realização dos direitos básicos e óbvios humanos e as discriminações claras vai intensificar a pratica de violência e extremismo, desafiando o elenco ideal para alcançar a paz mundial.

Hoje em dia, o terrorismo é um dilema desafiador da paz mundial. O líder do Irã considera o terrorismo, um dor comum para o mundo islâmico e ocidental. Se hoje a Paris sofre de atentados terroristas, o povo do Iraque, Síria, Iêmen, Afeganistão, e palestinos... Há anos e mesmo há décadas estão sofrem de tais condições de insegurança.

Na visão do aiatolá Khamenei, a dor do terrorismo no mundo islâmico tem duas distintas diferenças com o terrorismo no Ocidente: a primeira diferença é que o mundo do Islã é vitima do terrorismo e tenebrosa violação, numa dimensão mais vasta, abundante e por muito mais tempo..." A segunda diferença é que a violência no mundo islâmico "foi sempre apoiado por alguns grandes poderes, os quais eficazmente praticando vários métodos.

O dilema da paz no mundo de hoje, é a questão do terrorismo de Estado. Os governos às vezes, praticam o terrorismo diretamente contra um Estado e também indiretamente através do envio de material de auxílio, armas, munições e veículos militares avançadas ou com um leque de apoio espiritual, tais como apoio econômico e político ou midiática aos grupos extremistas, que praticam atividades terroristas.

As formas de terrorismo de Estado já supracitadas foram praticados e implementados, nos últimos anos na região do Médio Oriente e contra alguns países islâmicos.

Aiatolá Khamenei, na sua segunda carta, salienta: “hoje poucas pessoas tem conhecimento do papel dos Estados Unidos na criação, fortalecimento e armação de Al-Qaeda, os talibãs e as suas filiações”. Paralelamente, a estes apoios diretos, outros conhecidos patrocinadores do terrorismo na região, apesar de ter um sistema político mais atrasado, sempre foram os aliados convictos do Ocidente, isto é enquanto os pensamentos dinâmicos e democráticos na região foram brutalmente reprimidos.

“A contradição na atitude do Ocidente perante o movimento de despertar no mundo islâmico é um exemplo obvio da política de dois pesos e duas medidas ocidentais.”

A outra face do terrorismo de Estado é atos brutais e barbares do regime sionista contra a Palestina oprimida. O líder iraniano sobre o terrorismo do Estado praticado por Israel disse: “se os povos europeus por alguns dias estão obrigados de ficar em suas casas e se abstém de sair para lugares mais populosos, uma família Palestina há dezenas de anos, mesmo na sua casa está insegura, e não está poupado da máquina mórbida do regime sionista”.

Hoje, que tipo de violência pode ser comparado em termos da gravidade das atrocidades do regime sionista na construção de assentamentos? Este regime nunca seriamente e eficazmente foi criticado por seus aliados influentes ou pelo menos por organismos internacionais independentes. Todos os dias, as casas palestinas e os seus campos e jardins são destruídos, nem que eles tenham a oportunidade para retirar os seus pertences e até recolher as suas colheitas agrícolas, muitas vezes perante olhos assustados e as lágrimas das mulheres e crianças, batem membros da família e em alguns casos, movendo-os para os macabros centros de tortura.

Será que existam outras atrocidades continuas deste tamanho e dimensão? Atirar contra mulheres no meio da rua, apenas por protestar contra soldados até os dentes armados se não chamar terrorismo, então o que é? Esta barbaridade, como é cometida por militares de um regime de ocupação, deve não ser chamado extremismo? “Ou talvez essas imagens perdessem a sua validade e eficiência porque são de sessenta anos de repetição e sendo visto frequentemente, na tela da TV, em que não podem comover a nossa consciência.”

Ter um mundo de paz requer uma luta seria com violência e extremismo e a concretização dos ideais de direitos humanos e eliminar vários aspetos de discriminação e criando igualdade e equidade. Infelizmente, as potências ocidentais instrumentalizaram daquilo que se chama terrorismo bom a favor dos seus próprios interesses e objetivos de política externa. Líder supremo da revolução nesta carta enfatiza: "Enquanto o Ocidente pratica a duplicidade de padrões nas suas políticas e até o tempo em que o terrorismo na visão e abordagem dos seus patrocinadores se divide em bons e maus, e quando continua a sobreposição dos interesses nacionais dos governos aos valores humanos e morais, não se devem procurar as raízes da violência em outros lugares".

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