Mar. 12, 2016 09:23 UTC

O líder supremo iraniano ao lamentar por atos discriminatórios e hostis contra muçulmanos no Ocidente, tinha dito: “De acordo com as notícias, em alguns dos países da Europa foram estabelecidos regulamentos que obrigam cidadãos a vigiar os muçulmanos.

Este é um comportamento ultrajante e sabendo que a crueldade e opressão, voluntariamente ou involuntariamente tem um caráter reversível e flexível. Além disso, os muçulmanos não merecem esta ingratidão. O mundo ocidental, há séculos que conhece os muçulmanos. No passado quando os ocidentais entraram no território do Islã, cobiçados e interessados pelas riquezas destes países, aproveitaram do pensamento e obras dos muçulmanos, mesmo assim frequentemente tinham sido bem recebidos e com paciência e bondade”.

Infelizmente, nos últimos anos foram divulgados relatos, sobre a elaboração de leis anti-islâmicas e as praticas discriminatórias e injustas contra muçulmanos.

Portanto, cineastas e o império midiático ocidental também foram chamados para se desempenhar o seu papel no sentido de criação de uma mentalidade islamofóbica nas sociedades ocidentais e entre o publico global, mostrando o Islã, como uma religião violenta e geradora de terrorismo. Desde modo, está preparado o ambiente na qual o muçulmano seria o principal suspeito nas crises econômicas, sociais, culturais, bem como político e militar.

Tudo isto ocorre, enquanto o Pacto Internacional sobre os Direitos Civis, Políticos, proíbe as praticas discriminarias ou propagação de ódio. No segundo paragrafo do Artigo 20 deste Pacto diz: "Toda a apologia ao ódio nacional, racial ou religioso que constitua incitação à discriminação, à hostilidade ou à violência estará proibida por lei.”.

Cada vez mais as entidades internacionais denunciam a violação sistemática da liberdade religiosa dos seguidores de religiões, especialmente do Islã e em particular nos países que alegam defensores da liberdade, democracia e direitos humanos.

O Centro de Pesquisas de Pew relatou que em nível global, a população muçulmana em 2015, tem registrado um aumento. Este Centro tem previsto que, até 2050, o islamismo será o segundo maior grupo religioso nos Estados Unidos.

Além disso, a população muçulmana na Europa, até 2010, chegará a 43 milhões, sendo duas vezes maiores em comparação com os anos anteriores. Este centro também prevê que o número de muçulmanos, até 2050, atingirá a 10% da população europeia, ou seja, as 71 milhões. Estas estatísticas são divulgadas no momento em que este grupo social e religioso está cada vez mais agredido e discriminado na Europa e são privados do direto da educação adequada e das oportunidades de emprego e uma vida melhor, apenas por causa da sua religião.

O aumento da islamofobia nos países ocidentais tem causado uma crescente intolerância e fanatismo contra os muçulmanos. De acordo com o instituto de pesquisas Gallup em 2015, muitos muçulmanos nos países ocidentais têm declarado que foram desrespeitados e ofendidos. Também 54 por cento dos norte-americanos e 48% dos canadenses anunciaram que nos seus países, os muçulmanos não são bem tratados e até são insultados.

De acordo com esta pesquisa, 80 por cento dos muçulmanos ocidentais exigiram a parada de profanação ao Alcorão e santidades religiosas. Também 60% dos muçulmanos requerem um tratamento igualitário, em comparação com outros cidadãos nestes países ocidentais.

De acordo com este relatório, na França e na Grã-Bretanha, a comunidade muçulmana não é bem tratada. No sétimo relatório periódico universal divulgado em 2015 pelo Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas, sobre o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, referiu a uma pratica generalizada de racismo e xenofobia na Inglaterra. Ele menciona: "O Comité manifesta a sua profunda preocupação com a grande propagação midiática do racismo e xenofobia e isto aconteceu mesmo na internet e pela publicação de livros e artigos com conteúdos islamofobicos e uma apologia ao ódio contra os muçulmanos e africanos".

O jornal “Independent” em um relatório, que foi divulgado este ano sobre esta questão, tem admitido “Bullying” na sua forma física, verbal e psicológica contra estudantes muçulmanos britânicos por outros colegas e que o governo ao reconhecer isto como um problema crônico, não teve sucesso na sua resolução.

Durante este ano, houve vários relatos obre ataques e colocação de fogo e vandalismo por parte dos grupos fanáticos contra escolas, mesquitas, centros islâmicos, cemitérios e a agressão física contra os cidadãos muçulmanos na Europa. As estatísticas mostram que a islamofobia levou os europeus a uma visão pessimista sobre a comunidade muçulmana.

De acordo com uma pesquisa, entre 16 a 21 por cento dos franceses, alemães e britânicos não querem na sua vizinhança um muçulmano.

A Comunidade Contra a Islamofobia na França (CCIF) também tem informado que nos primeiro semestre de 2015, atos contra muçulmanos, tiveram aumentado de 23.5 por cento em comparação ao mesmo período em 2014.

Uma pesquisa realizada por “Economist” e em colaboração com Instituto de Yoga, revela que 73 por cento dos muçulmanos nos Estados Unidos sofreram de discriminação.

O Observatório de Diretos Humanos e o Instituto de Direitos Humanos da Universidade de Columbia lançaram este ano um relatório chamado "Operação picante", que é sobre ação de inteligência e segurança antiterrorismo nos EUA.

Este relatório afirma que o Ministério da Justiça e FBI, estão desafiando a identidade étnica e religiosa dos muçulmanos e houve uma invasão de privacidade sob o pretexto de luta contra o terrorismo. Foi investigado neste relatório, também intitulado "A ilusão à justiça e violação dos direitos humanos nos processos judicias de terrorismo", 27 processos sob a acusação de terrorismo pela Polícia Federal. Nos inquéritos realizados por Gallup, foram mencionados que apenas um por cento dos milhares de atos de violência que ocorrem anualmente nos Estados Unidos da América é praticado por extremistas islâmicos, mas os crimes por parte dos muçulmanos sempre tiveram mais coberturas midiáticas.

Não houve nenhuma reação ao disparo mortal de um racista contra três estudantes muçulmanos que ocorreu em fevereiro de 2015, em Carolina do Norte, mas após de um ato violento de dois simpatizantes ao Daesh contra um Centro de reabilitação na região San Bernardino, na Califórnia, o Donald Trump tinha declarado tomar medidas contra a proibição da entrada dos muçulmanos nos Estados Unidos. Ele disse: "Não podemos permitir, que o nosso país seja alvo de terríveis ataques por qualquer pessoa insensata que desrespeita vidas humanas.”