Mar. 12, 2016 09:24 UTC

A Invasão cultural- O Líder Supremo da Revolução Islâmica num trecho da sua carta mencionou ao duplo critério do Ocidente em relação ao movimento despertador Islâmico, ao apoio explicito do Ocidente ao terrorismo de Estado praticado por Israel e a recente incursão do império ocidental contra o mundo do Islã.

Como um exemplo de uma logica inconsistente por parte do Ocidente, o lidere iraniano enfatizou que estas invasões não somente causaram a morte de pessoas como danificaram a infraestrutura econômica e industrial de países muçulmanos.

Aiatolá Khamenei destacou nesta carta às políticas expansionistas ocidentais, as quais gradualmente tinham sido enraizadas nas políticas culturais ocidentais, e consequentemente promovendo uma invasão branda e silenciosa contra outras culturas.

O líder supremo ao referir à interação pacifica dos muçulmanos com outras culturas, nos séculos passados, salientou que as raízes do terrorismo não são religiosas, mas uma consequência de uma relação heterogênea e a imposição cultural.

Seria possível, uma interação entre culturas quando: em primeiro lugar, uma sociedade receptora, conscientemente, opcionalmente e com a vontade própria escolha elementos da outra cultura. Nesse caso, as pessoas desta sociedade, têm a oportunidade de adquirir fenômenos que não têm na sua cultura, visando contribuir para dinamizar e o desenvolvimento da sua comunidade. Mas existe outra forma de relacionamento cultural, que nos consideramos como invasão cultural. Na invasão cultural, há uma imposição, involuntariamente e sem necessidade, de elementos de uma cultura à outra, acompanhada sempre com objetivos políticos e econômicos. Desde os tempos coloniais, muitos países já testemunharam esta invasão, ou melhor, a imposição cultural.

Hoje em dia, tendo em conta o crescimento intelectual e o aumento do nível da percepção pública global, a influência e a dominação e, ou seja, a colonização pela força e intervenção militar praticamente ficou difícil, por isso os impérios dominantes no ultimo século, alteraram os meios de exploração e a influencia, adotaram políticas culturais (missionários, atrações tecnológicas, associações filantrópicas e caridade e mesmo com a promoção da saúde, etc.) e procurando através de absorção cultural, materializar os seus objetivos nefastos. Nesta visão expansionista, o melhor caminho seria a influencia cultural e o esvaziamento parcial da identidade interior das comunidades alvos. O seu objetivo principal seria minar o espirito da resistência das nações, tornando-as nações submissas.

Michel “Panoff, o sociólogo ocidental na explicação de “aculturação” se refere ao colonialismo cultural do Ocidente e escreve:” Hoje em dia aculturação se refere a um contato específico entre duas culturas assimétricas e desiguais. “Neste caso, a sociedade dominadora, que é mais articulada e tecnicamente mais preparado, - geralmente sociedades industriais- impõe a sua cultura direta ou indiretamente.” Este pesquisador na outra abordagem sobre esta forma de invasão que seria mais extensa, escreve: “Quando a cultura dominante tenta absolver valores sociais e tradições da outra cultura, ou seja, um esforço para assimilação cultural usa-se o termo de genocídio pela dissociação e para descrever o processo de aculturação pela cultura dominante”.

Líder Supremo da Revolução Islâmica na sua carta afirma que os muçulmanos há séculos, tiveram uma interação amigável e construtiva com outras culturas em que a história testemunha esse fato.

O francês, Gustave Le Bon, escreve sobre a cultura e a civilização islâmica e a contribuição da religião islâmica no desenvolvimento da sociedade humana, dizendo: “o impacto politico e civilizatório do Islã é impressionante (...) passada um século do advento do profeta do Islã, a dimensão desta religião já tinha ultrapassado do rio Indus à Andaluzia e tinha dominado todos estes territórios, trazendo consigo avanços extraordinários. O principal razão deste progresso foi à simetria ou a sinergia da crença islâmica com as regras e os princípios naturais. A especificidade desta crença é a sua administração sobre a ética publica, estabelecendo justiça, bondade e a tolerância religiosa".

O império ocidental, utilizando vários meios e instrumentos, tentou mostrar uma superioridade cultural. Enquanto a cultura ocidental, mesmo no seu berço enfrentava problemas fundamentais e duras críticas. Promiscuidade e a violência são traços inegáveis da cultura ocidental, aliás, sendo estas características sobrepostas às outras culturas. Em contraste, as culturas que Ocidente tentou destrui-las arrogantemente, tiveram características construtivas que durante séculos tinham promovido a moralidade e ciência ao mundo.

Esta violência disfarçada imposta por império ocidental às outras culturas teve resultados drásticos e infelizes. A formação de Daesh seria um exemplo.

Aiatolá Khamenei nesta carta pede aos jovens ocidentais um minucioso estudo sobre as raízes da formação do terrorismo, e logo a seguir tentar trata-las com uma percepção e conhecimento correta.