Mar. 12, 2016 09:27 UTC

(As raízes de ideias extremistas) IRIB- Neste programa analisemos outra parte da carta do líder da Revolução Islâmica do Irã onde ele menciona sobre as "raízes de ideias extremistas".

Com os nossos melhores cumprimentos a todos os nossos prezados ouvintes, estamos à vossa disposição com outra edição do programa “Para todos os jovens ocidentais” comentando outra parte da carta do Líder da Revolução Islâmica, o aiatolá Seyed Ali Khamenei, dirigida aos jovens do Ocidente. Nesta série de artigos tentamos analisar e explicar a segunda carta do líder iraniano.

O líder da Revolução Islâmica do Irã, na sua segunda carta reveladora dirigida aos jovens ocidentais, falou sobre as raízes do terrorismo e a influência das políticas contraditórias do Ocidente na criação e fortalecimento deste fenômeno nefasto. Aiatolá Khamenei considerou o terrorismo um dor comum do Ocidente e do mundo do Islã e criticou o apoio ocidental ao terrorismo praticado contra os muçulmanos. Neste sentido, ressaltou: "Enquanto a política ocidental é dominada por um duplo padrão, os patrocinadores do terrorismo dividem este fenômeno em bons e maus e preferem os interesses do governo em vez de valores humanos e morais”.

Ele, nesta carta sublinhou que o terrorismo e o extremismo não têm raízes em crenças religiosas e disse: “Se de fato o aspecto doutrinal do Islã tinha sido problemático, então teríamos visto este fenômeno no mundo islâmico antes dos tempos coloniais, no entanto, a história mostra o contrário”. Documentos históricos confiáveis mostram claramente a ligação do colonialismo, com um pensamento extremo e obsoleto, dentro de uma tribo primitiva semeando o extremismo na região. Caso contrário, como é possível que de uma das escolas religiosas mais humanas e éticas do mundo, que considera a morte de um ser humano como matar toda a humanidade, sair um grupo desumano como Daesh? Aiatolá Khamenei, em outra parte da sua carta, assinalou que todo o poder midiático do Ocidente está tentando ocultar a verdade sobre o surgimento do grupo terrorista de Daesh. As propagandas do Ocidente, hoje em dia, tratam de proporcionar comentários e análises irrealistas e relacionar os pensamentos islâmicos com a violência e o extremismo. Na mídia ocidental se chama o Daesh como um governo islâmico em uma tentativa de conectar este grupo ao Islã. No entanto, Daesh e suas medidas desastrosas que relação que pode ter com o Islã? A questão para as pessoas que cresceram no Islã e aprenderam a dignidade humana e respeito pela vida e liberdade através dos ensinamentos corânicos tem uma resposta clara que é: "terroristas de Daesh não sabem nada do Islã".

A história mostra que ao lado de qualquer escola divino e humano tem sido sempre grupos que se comportavam com desperdício e excesso. Obviamente, o Islã não é a exceção, mas a diferença entre o Islã e as outras escolas é que, devido ao seu rico conteúdo e as fontes de referencias não vai ser desviado, ou seja, a Sagrada Escritura, o Alcorão, sempre excepcionou a sujeira, e por isso não se pode contaminado. Aiatolá Khamenei, nesta carta, refere que os documentos históricos mencionaram o vinculo do colonialismo, com um pensamento extremo e obsoleto, dentro de uma tribo primitiva. Isto pode nos ajudar a encontrar as raízes das ideias do terrorismo.

Neste processo, o assassinato de muitos muçulmanos que fui lícito segundo o pensamento herético e destrutivo de Taqi al-Din ibn Taymiyya, após quatro séculos atraiu a atenção dos colonialistas. Naquela época, Muhammad ibn ʿAbd al-Wahhab era um jovem agressivo e sem instrução que favoreceu as ideias perversas e extremistas. Sua arrogância, ignorância e natureza violenta imediatamente chamou a atenção de espiões britânicos que o viram como o melhor para servir os objetivos de colonialistas da Inglaterra. Eles, com métodos diferentes, orientaram o pensamento e as atividades de Mohammad Ibn Abd al-Wahhab e reforçaram as suas ideias desprezíveis que eram em contraste com os ensinamentos do Islã, acenderam o fogo da sedição e divisão entre os muçulmanos.

Depois de que Abd al-wahhab por seus pensamentos desviantes takfiríes foi rejeitado pelos estudiosos religiosos e mesmo pelas suas famílias, na Hijaz (agora Meca), ele com o apoio da Inglaterra, viajou a Diriyah onde viveu no meio da pobreza e dificuldades de tribos nômadas que se dedicavam a criar camelos e ovelhas.

O governador desta região, ou seja, Mohammad Ibn Saudi, quando entendeu que com estas ideias perversas se podia saquear as outras tribos muçulmanas e caravanas, acolheu o Mohammad Ibn Abd al-wahhab.

Alguns historiadores acreditam que o governador de Diriyah foi subornado pela Inglaterra para criar uma aliança com Abd al-wahhab.

Após esta aliança entre eles, com o apoio financeiro e armamentista da Inglaterra, eles formaram um exército caracterizado por cometer os piores crimes contra os muçulmanos. Atacaram a cidade de Karbala (no Iraque) e mataram pelo menos duas mil pessoas apenas em um meio dia, também destruíram e saquearam o mausoléu do Imam Hussein (que a paz esteja com ele) e atacaram à Medina e arrasaram os santuários de membros da Ahlul-Beit e os túmulos dos fiéis seguidores do Islã. Esses massacres de muçulmanos foram alguns dos crimes cometidos com o consentimento do Al Saud, que seguiam a doutrina Wahhabi que tinha estabelecido terror nas terras islâmicas. Após esses crimes, o Império Otomano, em 1818, atacou o governo Wahhabi dos sauditas de Diriyah e triunfou. Embora o wahhabismo violento fosse derrubado em 1818, mas logo foi reavivado com ajuda do colonialismo britânico. O regime Wahhabi da Arábia Saudita, em 1866, assinou um tratado de "amizade" com a Inglaterra. Os ingleses naquele tempo, por causa de seus crimes coloniais, eram odiados por todos os muçulmanos. O governo Wahhabi-saudita, em troca de dinheiro e armas, concordou com a presença colonial britânico na região. Este acordo criou uma enorme insatisfação e preparou a destruição da Al Saud II. Em 1891, o Império Otomano atacou novamente à Riad e derrotou a família Saudita-Wahhabi. Depois disso, a família Al-Rashid subiu ao trono e governou à Arábia Saudita. No início do século XX, a estratégia colonial de Inglaterra na Arábia Saudita se baseava em uma rápida circulação e mudança de métodos. Inglaterra, para a destruição completa do Império Otomano decidiu apoiar convictamente, os sobreviventes do governo saudita-wahabí que haviam fugido para o Kuwait. Com o apoio financeiro e militar britânico, em 1902, Abdulaziz Wahabi conseguiu ocupar toda a Riad. Um de seus primeiros atos selvagem após a ocupar a cidade foi aterrorizar os residentes com a ameaça de decapitação. Extremistas wahabitas queimaram e mataram 1.200 pessoas.

Assim, a partir do momento de interseção do colonialismo com um pensamento primitivo rejeitado, o extremismo e a violência se converteram em uma corrente devastadora em todas as regiões islâmicas que sempre serviram objetivos coloniais. Wahhabismo não é uma escola da religião islâmica, mas uma seita desviada que oito séculos após o início do Islã, foi criada para fins específicos e com apoio externo. Agora esse poder perigoso, depois de séculos de praticar crimes e traição no mundo do Islã, novamente comete atrocidades sem precedentes, visando destruir a imagem do Islã e perpetrar um genocídio dos muçulmanos com apoio óbvio e oculto dos Estados Unidos e outros governos ocidentais. Os governos ocidentais fecharem os olhos aos crimes de grupos terroristas contra os muçulmanos, mas se preocupam com os ataques terroristas no Ocidente. Caro ouvinte no próximo programa vai falar muito mais sobre isso.