Mar. 17, 2016 13:53 UTC
  • Ahmad Reza Darvish , Diretor iraniano
    Ahmad Reza Darvish , Diretor iraniano

Queridos amigos como têm sabido, há semanas que estamos compartilhando convosco um analise de um gênero do cinema, denominado o cinema da Defensa Sagrada, e falamos sobre os fundamentos, ideias e os que ajudaram a profundar esta legada importante após a revolução islâmica no Irã.

Observando o gênero clássico de filmes de guerra na história do cinema mundial, notamos que o impacto dos acontecimentos da guerra às gerações futuras e sua visão sobre isso, seria um dos principais assuntos que frequentemente, preocupou os roteiristas e cineastas, no sentido de criar obras que se concentram em duas gerações – aquelas que estavam na guerra e a outra que após a guerra observa os acontecimentos-, para que o trabalho seja atrativo em dois sentidos.

Diretor iraniano, Ahmad Reza Darvish, é um cineasta iraniano que assumiu esta tarefa, e em sua opinião, se tem esforçado para exteriorizar uma percepção de uma pessoa de meia idade sobre a guerra para a geração mais jovem.

Ahmad Reza Darvish nasceu em 1961 em Teerã, graduado em arquitetura e gráfico na Universidade de Teerã e tem começado sua carreira com um telefilme em 1982. Acabada a guerra, ele se iniciou a sua carreira como cineasta, criando o seu primeiro longa metragem chamada “Ultimo Voo”, que retratou a guerra Irã-Iraque.

O seu nome também está entre os roteiristas. Ele escreveu a historia de alguns filmes como “Kani Manga”, um dos mais vendidos e lucrativos do gênero da guerra. Darvish está muito interessado em retratar os comandantes da guerra. “Trabalhos como “Kimia” e o” Território do Sol” mostram que entre os acontecimentos e assuntos durante oito anos da guerra, o cerco da cidade de Abadan (no sul do país) pelas tropas de Saddam e a libertação da cidade de Khoramshahr da ocupação iraquiana, se interessam como os mais atraentes para o autor. Ao mesmo tempo produziu o filme "Nascido do mês de Mehr", um rodado entre a sociedade universitária e sua visão sobre acontecimentos e diferentes tendências politicas.

O filme "Duelo", produzido em 2003, é classificado como um dos caros da historia do gênero do cinema de Defensa Sagrada. Embora, o filme, expressa um determinado momento da guerra, mas intrinsecamente, apresenta uma mensagem global sobre os desprezíveis conceitos da cobiça e ganância.

O “Duelo”, é a historia de Zeinal, um prisioneiro iraniano de uma tribo do sul que após a sua libertação e o retorno à sua tribo, tem sido suspeito de espionagem e traição. O seu cruzamento com os homens do seu tempo, cria um espaço e uma oportunidade para rever o passado e os momentos delicados da guerra.

O passado, horizontalmente, tem sido complementado a linha da história que chega ao presente, fechando o seu ângulo para interiorizar assuntos tribais e relações afetivas, soprando uma brisa fresca aos gêneros de guerra, eternizando a sua obra.

O Duelo, também pode se considerar com um gênero de faroeste com as características do gênero, como o deserto, um homem solitário, o cruzamento do homem com o ambiente na sua volta, cavalo, carruagens e uma minoria que se reage contra ações das maiorias e até o título do filme, se aproximam a estes gêneros de produções. Finalmente “Duelo” é uma nova leitura da guerra e período da Defensa Sagrada, combinando estes gêneros cinematográficos, se representa um filme espetacular para a geração jovem.

As criações de Darvish, até agora têm sido muito bem recebido por pessoas e os críticos e foram apreciados no Festival Internacional de Filme de Fajr no Irã. O filme “Duelo” é o vencedor de sete prêmios de “Fênix de Cristal, o “Nascido do mês de Mehr”, vencedor de três “Fênix de cristal”, o” Território do Sol” recebeu sete prêmios de “Fênix de Cristal” do Festival do cinema de Fajr e o filme "kimia" do mesmo cineasta tem ganhado três troféus de Fênix de Cristal em diferentes edições do mesmo Festival iraniano.

Darvish completou o seu recente trabalho intitulado "Dia da Ressurreição". Este filme relata o caso de “Ashura” e o martírio do terceiro Imã dos xiitas, o Hossein ibn Ali (S.A) e os seus companheiros, que é considerado um dos maiores projetos do cinema iraniano.