Num artigo no jornal "O Espelho do Irã", em 1930, lemos: Cinema, basicamente, é um dos melhores elementos de diversão e uma das indústrias mais destacados que tem sido inventada apenas para uso humano.

 “É claro que, a existência de cinema deveria ser maravilhosa por dois casos: um para a purificação ética, e outro para a tranquilidade e a paz do espírito”. No momento em que o cinema foi tratado como um assunto sério na sociedade, os regulamentos relativos aos salões de cinema, termos de exibição de filmes, a qualidade das salas de cinema, venda de bilhetes e etc. foram aprovados pelo o então governo.

Processo de exibições de filmes no Irã foi acelerado com o ecrã dos filmes estrangeiros e iranianos, tendo sido entrado muitas pessoas nesta arte. O filme "O Ferdowsi" foi produzido com base na vida do famoso poeta iraniano, tendo cenas de poemas épicos e das histórias conhecidas desse grande poeta. Este filme foi exibido em comemoração ao milenário do livro de posta o ”Shahnameh”. E os convidados estrangeiros apreciaram este filme do cinema iraniano. Juntamente com esses esforços, outras obras foram feito no Irã, cujos enredes principalmente escrito com base na literatura iraniano e antigas histórias românticas como "Shirin e Farhad" ou "Layli e Majnun". Conhecendo o povo estas histórias, abriu a sua curiosidade de ver também a versão em vídeo destas histórias líricas, sendo isto, motivou a promoção e crescimento do cinema iraniano, aproveitando ao máximo destas obras. Mas a situação não se desenrolou com a mesma forma. A entrada abundante de filmes estrangeiros sem um planejamento cuidadoso e os problemas econômicos de cineastas iniciantes, marginalizou os clássicos do cinema iraniano, abrindo o caminho a produções mais fracas, sendo porem mais vulgares. Além disso, a Segunda Guerra Mundial também foi outro fator da estagnação do cinema iraniano. Apesar de o Irã tenha sido declarado neutralidade na guerra, mas passado o tempo, foi aumentada a pressão dos governos europeus no sentida de mudar esta posição. No domínio do cinema, a Alemanha tinha ocupado a grande parte da sua programação. A maioria das salas de cinema naquele momento, recebendo subsídios e facilidades concedidas por alemães, exibiam os cinejornais e outras produções cinematográficas alemãs. Alta exibição foi da mesma forma que as obras alemãs foram apresentadas no Irã, conforme com as políticas dos nazistas e com conteúdos bélicos.

Após a invasão do Irã pelos Aliados em setembro de 1941, os russos entraram nas salas de cinema de Teerã e outras cidades. Um dos proprietários de cinema naquela época tinha falado das suas lembranças dizendo: “Após a ocupação do Irã, os russos, com objetivo de controlar a apresentação cinematográfica, viram conversar com os proprietários de salas de cinema, alugando-as, pagando muito dinheiro”. Eles através da exibição dos filmes russos iniciaram a propaganda de ideais comunistas. Depois disso, os russos através de atores de teatro, grupos de ópera e balé e mesmo com orquestras musicais, enviando-os para a Teerã e outras grandes cidades nas províncias do Azerbaijão, Khorasan e Gilan, transformaram as salas dos cinemas, o palco de apresentações cênicas e musicais. A entrada nessas apresentações era franca, sendo utilizados vários grupos como anfitrião do evento.

A politica dos ingleses não era tão propagandista. Os britânicos, como primeiro passo, transformaram as salas de cinema em casas da cultura. Em seguida, foram traduzidas filmes da guerra acompanhados com publicações cinematográficas. Essa competitividade de governos estrangeiros no cinema, e passividade dos políticos e agentes da cultura, tinha conduzido o cinema iraniano a estagnação e isolamento. Mas a produção de primeiro filme sonoro chamado "tempestade da vida", impulsionou novo entusiasmo entre cineastas iranianos. O filme foi criado pelo diretor "Ali Daryabeigi" e juntamente com a narração de uma história romântica, passava mensagens morais, criticando a ganancia e ambições mundanas.

"A tempestade da vida" foi exibida publicamente em 1948, sendo considerada a primeira produção com todos os elementos iranianos. As dimensões de fraqueza e forças desse filme, claramente podem ser encontradas nas críticas e artigos publicados na época, considerado como um ponto de partida no cinema iraniano. Foram criados estudios cinematográficos, gradualmente, na Teerã e começaram coproduções com países como a França, Alemanha e Turquia. Continuado o sucesso em áreas técnicas, foi aumentando a produção de filmes e em conseguinte, acelerado a construção de salas de cinema. Eles queriam produzir o alimento necessário para salas de crimina no Irã, mas não estavam cientes que este processo apressado pode conduzir a um declínio na qualidade de filmes. A negligência na escrita de enredes e roteiros e o mau desempenho na sua realização foram visto nas maiorias das produções neste período. Uma olhar na história do cinema e literatura crítica da época, aprova o crescimento quantitativo e o declínio da qualidade de produções. Estatísticas mostravam a produção de 632 filmes até o início de 1979. Quase 500 filmes foram feitos entre 1952 a 1968. Nestes anos, foram criados 58 estúdios e vieram mais 124 novos cineastas. Nos finais desses anos, verifica-se só 16 estúdios ativos e 75 cineastas trabalhando.

Foram tomadas medidas econômicas para o cinema iraniano, ao longo desses anos. Mas, a diagrama de suas atividades, teve um ciclo de altos e baixos, sendo registrado um desempenho muito fraco. A maioria dos pesquisadores acreditava que o problema fundamental do cinema iraniano, era seguir pelo gosto vulgar e aceitação das suas demandas. Desde que a base de produção fosse um gosto vulgar e um aumento de lucros econômicos, mesmo sendo momentâneo, o cinema voltou de novo enfrentando com crise econômica. Poucos cineastas instruídos que conseguiram aguentar nesse ciclo, e trabalhar, num curto prazo, por motivo econômico pararam. Infelizmente se deve dizer que, este problema se repetiu ao longo do perdido histórico do cinema iraniano, tendo sido levado o cinema até a beira da ruína. O cinema iraniano nos anos seguintes ao golpe de estado patrocinado por EUA em 1953, até a ascensão do protesto popular em 1978, que levou à vitória da Revolução Islâmica, estava construindo um mouro mau feitio e inclinado que em cada momento poderia ter caído. O regime Palavi com a criação de um ambiente culturalmente envenenado empurrou cineastas para produzir obras vulgares e desvalorizados, muitas vezes, a representando relações indecentes e fazendo palhaçadas. Os sujeitos patéticos, copiar cenografias hollywoodianas ou bollywoodianas, acompanhados com a corografias e músicas, pisando a moralidade e ética, foram características dos filmes desta época. Por vezes, alguns filmes feitos em preto e branco e só as cenas vulgares foram filmadas coloridas, com intuito de dar mais relevância à vulgaridade e atrair mais o espectador.

 Apresentar uma imagem distorcida da vida urbana e rural, humilhação e ridiculizar as etnias e tradições e os dialetos locais, profanar a religião e desrespeitar as rituais religiosos e a prevalência a libertinagem, são temas mais importantes que se encontravam nos filmes das décadas 60 e 70 (1958-1978). Além disso, os filmes apresentavam uma imagem distorcida do cinema iraniano, na maioria representava os grupos corruptos e os bandidos. Durante muito tempo persistia mau comportamento, imitando por pessoas. No entanto, durante esses anos, poucos cineastas iranianos que tinham criados obras valiosas. Filmes como "vaca" produzido no início de 1970, foram considerados um marco e um ponto culminante da história do cinema iraniano antes da Revolução Islâmica. Este filme apesar de ser uma produção artista e não comercial, foi muito bem recebido, chocando os cineastas de filmes vulgares. "A Vaca", dirigido por "Dariush Mehrjui" conta uma vida rustica invadida por modernismo. Este filme não somente no Irã, mas também nas festivais internacionais, atraiu a opinião dos críticos, sendo considerado uma marca do cinema iraniano.