O cinema moderno do Irã
Pela primeira vez em 1990, o Festival Internacional de "Pesaro" na Itália, dedicou um dos principais programas a apresentar o cinema iraniano.
Este Festival intelectual que tinha as suas próprias posições políticas fez uma mostra de vinte longas-metragens e dois de curto-metragens de filmes iranianos na sua seção principal, sendo assim, aberto o caminho para exibição de filmes iranianos nos festivais.
Na mesma época, publicações credíveis, como “International Guid filme” (guia internacional de filmes em 1993) dedicou o seu anuário a apresentação do cinema moderno do Irã e os críticos escreveram comentários falando sobre genialidade de cineastas iranianos. Primeiramente deve salientar dois importantes acontecimentos naquela época, os quais fortemente “influenciaram cinema iraniano”.
O primeiro caso é o sucesso de "Abbas Kiarostami" cineasta iraniano que, embora tivesse sido começado a sua carreia antes da revolução, mas após a revolução ficou muito prestigiado no mundo do cinema. Ele ganhou o prêmio especial do júri no quinto festival do Filme de Fajr em 1986. Os filmes de Kiarostami, feitos com um estilo próprio tinham trazido sucesso para o cinema iraniano, bem como para ele. Os filmes de Kiarostami durante as décadas de 60 e 70 eram diferentes com o processo normal de cinema iraniano e até mesmo do cinema de outros países, tendo conseguido atrair opiniões de especialistas e críticos internacionais. Cada um desses trabalhos de Kiarostami era considerado novas experiências, fascinando os olhares exaustos de Cinema ocidental.
Outro aspeto de cinema iraniano na época foi o surgimento de filmes espirituais. A procura de uma autentica identidade cultural, levou a atenção dos cineastas iranianos aos conteúdos espirituais e longe da vida material.
Na década de 70 (1990) muitos temas de grande parte de produções de filmes iranianos, foram tratar as questões espirituais. Os filmes "Alturas de zero", "Reyhaneh", "Até o entardecer" e muitas outras dezenas filmes nesta altura foram feitos com uma visão de espiritualidade e um olhar místico.
Mas estas produções no modo geral não eram muito atraente artisticamente, portanto, não conseguiram levar muitas pessoas a assisti-las, e não foram com grande sucesso nas bilheterias.
A criação deste volume de obras místicas, por outro lado indicava uma situação estabilizada. Produzir dezenas filmes com estes temas durante a cerca de 12 anos, gastando muitos recursos matérias, artísticas, mostrou que que as políticas de apoios estatais, tinham conseguido reanimar o cinema e torna-lo a primeira arte entre outras manifestações artísticas. Porem, a desatenção e descuidado de cineastas e bem com responsáveis estatais, foram motivos de desperdiçar muitos investimentos sem saber como retornar o gasto inicial. Nesta situação, é claro, o cinema comercial que tinha o público em geral, continuava o seu rumo. Os filmes eram divididos em várias categorias especificadas e gêneros como: comédia, social, guerra e infantil.
Pode anotar o início da década de 70, como o tempo de amadurecimento da maioria dos cineastas de cinema moderno iraniano. Os cineastas veteranos que tinham a sua carreira iniciada antes da Revolução apresentaram também trabalhos mais maduros. O cinema social gradualmente estabeleceu o seu lugar pertinente e até mesmo filmes de ação e de aventuras foram adicionados à lista de trabalhos produzidos. Nesta circunstância, os trabalhos disfrutavam dos incentivos estatais, ganhando prêmios em festivais nacionais.
““ Foram “produzidos alguns dos melhores filmes iranianos nesses anos como: “O Sobrevivente” dirigido por” Seifollah Dad”, “Filhos do paraiso” e “Pai”, dirigido por “Majid Majidi” e” O dia do acontecimento” dirigido por "Shahram Asadi".
"O Ebrahim Hatami Kia" com os filmes brilhantes, tais como: "Az Karkheh ta Rhein”, A Cinza Verde e A Agência de Vidro” apresentaram efeitos diversos da guerra e as suas consequências. "O Rasoul Mollagholipour" com uma expressão e linguagem franca e crítica e pala sua habilidade fez uma remontagem das cenas de batalha, criando filmes como "Os sobreviventes" e "A viagem a Chazabeh" todos com temas de guerra.
Um dos pontos importantes na avaliação da história do cinema iraniano, como um corrente principal, nos anos 70, 80 e em seguida até 2000, é o surgimento de filmes sociais que tocavam nas questões da juventude e jovens. Também, e ao mesmo tempo, houve um destaque nas novas imagens de mulheres na sociedade e dando o seu papel central nestes trabalhos.
Verificam-se nestas épocas, filmes com temas políticos, ou despolitizados, sendo apresentada uma imagem de conflito entre gerações passadas e as mais jovens. Os filmes de "Masoud Kimiai" e "Bahman Farman Ara" foram criados com esta abordagem e oficialmente foram homenageados.
Os primeiros vídeos locatórios foram abertos nos anos setenta, desenvolvendo cinema domestica e modo de assistir os filmes em casa.
Política cultural baseada em desenvolvimento de redes de TV nesta altura levou ao lançamento gradual de novos canais de televisão, sendo abertas umas variedades de opções para desfrutar do tempo de lazer, paralelamente a ir ao cinema.
No entanto, juntamente a estas atividades, a técnica de cinema e os seus equipamentos, com aquisição de novos recursos de áudio e videio, tornaram mais atraentes e interessantes às salas de cinemas.
Conjunto dessas circunstâncias tornou-se o jovem cinema iraniano maduro que estava trilhando no seu caminho de crescimento e com grandes expectativas nos finais dos anos 80.